
O comissário da Polícia Civil Nilson Aneli, investigado por suposta ligação com o traficante Alexandre Goulart Madeira, o Xandi, deve ser indiciado por integrar organização criminosa. Na sexta-feira à tarde, o Tribunal de Justiça (TJ) negou, liminarmente, o pedido de liberdade feito pela defesa do policial. A participação do comissário no grupo ligado ao tráfico de drogas seria por uso de informações privilegiadas, obtidas devido a sua função como policial.
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O enquadramento na lei do crime organizado seria pelo artigo 2º, que diz: "promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa." A pena inicial de três a oito anos é aumentada pelo fato de o grupo usar armas de fogo e porque o investigado é servidor público. Assim, a condenação pode chegar a 12 anos de prisão. No âmbito administrativo, a responsabilização do comissário, que é agente há 33 anos, seria por falta grave e pode resultar em demissão.
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ZH apurou que Aneli demonstrava interesse em investigações que envolviam o grupo de Xandi, que dominaria o tráfico em um condomínio em Porto Alegre. Ele buscaria informações sobre os inquéritos em delegacias. A polícia tem indícios de que o policial fazia a segurança de Xandi, executado em 4 de janeiro, em Tramandaí. Desde segunda, ele está preso de forma preventiva, na Capital.