Uma das maiores fontes de dinheiro que movimenta o mercado de armas, drogas e celulares nas prisões são as subcantinas, mercadinhos clandestinos improvisados por chefes de galerias para lucrar com a venda superfaturada de alimentos e produtos de limpeza.
Na maioria das cadeias, o controle das subcantinas é das facções - no Presídio Central, há quase 30. São subprodutos da cantina oficial, prevista em lei que autoriza a venda de produtos de uso permitido nas cadeias não fornecidos pelo Estado.
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Para tentar coibir fraudes, o Estado passou a terceirizar as cantinas oficiais via licitação. O contrato prevê que o serviço deve abranger todos os usuários da prisão.
Na prática, porém, as cantinas oficiais também vendem o que o Estado deixa faltar. E as facções se apoderam. Só pode buscar mantimentos quem é autorizado pela facção. Depois, todos os produtos têm alta astronômica nos preços.
Ilegalidade atrás das grades
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