O Ministério Público de Contas protocolou uma representação pedindo ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) que sejam suspensas quaisquer nomeações em cargos em comissão na Câmara de Vereadores de Triunfo. O pedido vale para cargos que estejam vagos, ou que vierem a vagar.
O documento também requer que a Câmara de Trifunfo se abstenha de autorizar qualquer deslocamento que origine pagamento de diárias, exceto do presidente do Legislativo ou seu representante.
A representação partiu do MPC e a decisão caberá ao conselheiro relator do TCE, Algir Lorenzon.
A representação do Ministério Público de Contas tem como base uma investigação da Polícia Federal que, em dezembro do ano passado, desarticulou quadrilha que cometia crimes eleitorais em Triunfo.
Operação da Polícia Federal
Em dezembro de 2013, a Polícia Federal deflagrou operação que resultou na prisão de sete pessoas, entre elas um ex-prefeito de Triunfo e dois secretários municipais.
À época, a PF disse que CCs que atuavam na Câmara de Vereadores eram obrigados a devolver parte dos salários que recebiam para contratantes. O dinheiro era sacado da conta bancária e entregue a pessoas envolvidas no esquema. Também foram encontrados indícios de fraude em pagamentos de diárias e horas-extras.
"Alguns CC’s entregavam até 80% do salário ao fim do mês. Além disso, uma empresa contratada para serviços gerais sem licitação oferecia cotas de emprego para livre nomeação pelos agentes públicos, que indicavam pessoas em troca de votos na eleição", afirmou o superintendente da PF no Rio Grande do Sul, Sandro Caron.