
Cerca de 90% dos Planos de Prevenção e Proteção Contra Incêndios (PPCIs) entregues ao Corpo de Bombeiros de Santa Maria precisam ser corrigidos. Essa é a estimativa da corporação, que mantém 27 pessoas no setor de prevenção contra incêndios. Os erros são apontados como a justificativa para demora nas aprovações, reclamada principalmente por empresários.
O grupo está ampliado, passou de 14 para 27 integrantes, e trabalha com horas extras desde que houve aumento de cerca de 250% na demanda, consequência do incêndio da boate Kiss. Conforme o tenente-coronel Luís Marcelo Gonçalves Maya, do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, as análises dos planos são feitas em um prazo médio de 35 a 40 dias e o tempo levado para as vistorias é de uma semana em média.
Segundo Maya, o período para as aprovações acaba aumentando devido a erros nos PPCIs entregues. Por vezes, o tempo triplica, porque os planos são novamente entregues com repetição de erros. Quando os planos são devolvidos para correção, há um prazo de 30 dias para que sejam entregues novamente aos bombeiros para que sejam revistos sem nova cobrança de taxa. Maya afirma que é recorrente a devolução dentro de 30 dias, mesmo sem as adequações, para evitar novo pagamento.
Um concurso está em andamento para aumentar em 400 o número de integrantes do Corpo de Bombeiros em todo Estado, com provável reforço da equipe de Santa Maria. O Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio deve ser elaborado para todas as estruturas comerciais e para espaços residenciais que abrigarem mais de uma família.