
O Pronto-Socorro (PS) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) está, desde essa segunda-feira (4), com o atendimento restrito. Isso porque foi dado início às obras que interligarão a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com o PS. As obras, que devem durar 60 dias, farão com que o Husm atenda apenas casos de urgência e de emergência. Até lá, pacientes terão de buscar atendimento em postos de saúde de seus municípios ou junto à 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), conforme a direção do Husm.
“Apenas vamos atender aqueles casos referenciados e que fiquem especificados que apenas o Husm possa atender. Do contrário, esperamos contar com a boa vontade do poder público local e estadual”, diz Sueli Teresinha Guerra, gerente de Atenção à Saúde do Husm.
A obra, que já está em andamento, prevê a construção de dois andares acima do PS. Também fica prevista a construção de escadas de acesso e a instalação dos pontos de elevadores. Essas intervenções fazem parte de uma obra maior: a construção de 46 novos leitos, orçada em R$ 8,5 milhões. Com isso, a Central de UTI vai concentrar todos os leitos intensivistas do Husm. Os 46 novos leitos se somam aos 36 já existentes.
Sueli Teresinha afirma que foi encaminhado, nos últimos dias, um documento à Secretaria Municipal de Saúde de Santa Maria, à 4ª Coordenadoria Regional de Saúde (4ª CRS), ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e à Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do município relatando essa nova realidade. Recentemente, o Ministério Público esteve no PS do Husm e fez um levantamento fotográfico do local.
A gerente do Husm explica que com essa restrição deve-se ter uma redução de pelo menos 30% no atendimento do PS. Por mês, 5 mil pessoas buscam atendimento junto ao PS do Husm. A obra já está com quase 70 dias de atraso, conforme Sueli Teresinha. Já a entrega dos leitos está prevista para 2015.
"Esse é um momento que trará um grande transtorno. Por isso, precisamos da ajuda de todos", fala Sueli Teresinha.