O Instituto Brasileiro da Erva Mate (Ibramate) informou, nesta sexta-feira (25), que desde que ficou sabendo que duas empresas tiveram o produto recolhido no Uruguai, está realizando análises com a erva. A entidade afirmou, ainda, que os níveis de metais encontrados não trazem risco à saúde do consumidor.
Um lote de 200 toneladas do produto brasileiro foi recolhido no país vizinho por apresentar níveis de cádmio e chumbo um pouco acima do permitido pela legislação do Mercosul. O presidente do Ibramate, Alfeu Strapasson, afirma que já identificou as empresas: uma é gaúcha, e a outra de Santa Catarina. Ele explica que o instituto está analisando a erva dos três estados do Sul, e também da Argentina e do Paraguai para descobrir a origem destes dois metais.
"A erva-mate, diferente de outro alimento, é uma infusão, e em todas as análises feitas pela infusão, os índices estão próximos de zero ou zero, então o risco para a saúde não ocorre", garante. Conforme Strapasson, o Uruguai estuda mudar a forma de análise, ou seja, verificar a infusão e não as folhas da planta.
Foi o Ministério da Saúde Pública do Uruguai que detectou esses níveis de chumbo e cádmio. E por isso, o Ministério Público também analisa possíveis problemas na qualidade da erva-mate gaúcha.