A reunião desta tarde entre representantes do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA) e da prefeitura não teve avanços concretos. A conversa durou cerca de 1h30, e contou com a presença de sindicalistas, vereadores e do vice-prefeito, Sebastião Melo (PMDB), que atuou em nome da prefeitura. Os servidores exigiram abono do ponto dos grevistas e mantiveram a cobrança de reajuste salarial acima da inflação de 6,28% oferecido pela prefeitura.
Em entrevista após a reunião, o vice-prefeito descartou a hipótese. "A prefeitura de Porto Alegre vive uma crise como todas as outras do Brasil. Já estamos tirando de onde não da para tirar para oferecer a inflação", afirmou Melo
Nenhuma reunião ficou marcada para nova negociação. Ao fim das conversas, um oficial de justiça entregou uma citação para a diretoria do sindicato. Conforme a prefeitura, é um documento que obriga a manutenção de índices mínimos em serviços essenciais. A liminar da justiça entregue ao SIMPA na Câmara impõe multa de R$ 10 mil caso a mobilização impeça a realização de serviços essenciais. O sindicato precisará se reunir com a prefeitura para definir de comum acordo quais são os percentuais mínimos e que atos não poderão acontecer.
"É ruim, porque a prefeitura acha que vai dobrar os servidores e acabar com a greve pela via judicial", afirmou a diretora de comunicação do SIMPA, Carmen Padilha. Conforme a diretoria do sindicato, a greve deve continuar. A categoria se reúne em assembléia nesta tarde.