A Associação de Transportadores de Caçambas Estacionárias (ATCE) de Porto Alegre quer que a Prefeitura autue as pessoas que misturarem em contêineres diferentes tipos de resíduos oriundos da construção civil. A irregularidade, segundo a Associação, encarece o serviço de transporte do material e causa prejuízo às transportadoras porque não há, na Capital, área licenciada para a triagem dos resíduos.
Até o início deste mês, os entulhos eram depositados em Canoas, onde havia a triagem. No entanto, a Prefeitura do município proibiu o recebimento de resíduos oriundos de fora da cidade. Por esse motivo, a presidente da ATCE, Guacira Ramos, diz que é preciso criar uma área para triagem de entulhos em Porto Alegre e, além disso, aplicar multas ao gerador de resíduos que contratarem o serviço para um tipo de material e depositar outro:
"A partir do momento em que o gerador souber que eu tirei o contêiner dele de lá, estou levando para um local e, se não for o material correto, ele vai ser multado e eu terei o direito de trazer o material de volta, acho que ele vai pensar duas vezes antes de fazer algo errado", critica.
No entanto, o supervisor de Meio Ambiente da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam), Mauro Gomes de Moura, afirma que é tarefa das transportadoras aplicar multas para aos clientes que não cumprirem o contrato firmado para o descarte de resíduos:
“Eles (os transportadores) querem fazer uso particular do serviço de polícia da Prefeitura. Eles têm os seus contratos para a colocação de cargas e as pessoas só podem colocar no contêiner deles o que está autorizado no contrato deles com... (as transportadoras). Deve ter uma multa junto. Se a pessoa que contratou não está cumprindo o contrato, eles têm que executar o contrato deles; cobrar pela permanência (da caçamba) lá e não levar a carga”, defende.
O supervisor Mauro Moura alega ainda que Porto Alegre conta com três locais para o descarte de entulhos e que os endereços áreas licenciadas serão publicados amanhã no site da Prefeitura. As denúncias sobre o descarte irregular de resíduos podem ser realizadas pela população através do número 156, o Fala Porto Alegre.
Gaúcha
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Cristiano Goulart
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