A obra de ampliação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) atrasada devido à demora na liberação das licenças. A expectativa é que após a concessão de licenças, que serão entregues na tarde desta sexta-feira (16), as obras iniciem no prazo de cinco dias úteis.
Os tapumes que cercam a futura obra já foram instalados no trecho da Avenida Protásio Alves e em parte do terreno na Rua Ramiro Barcelos. A nova estrutura do Clínicas vai aumentar em 70% a capacidade da instituição no atendimento de pacientes.
A obra estava prevista para iniciar em novembro de 2013, com prazo de 36 meses para ser concluída. A maior discussão começou quando se constatou a necessidade de cortar 249 árvores que ficam na área do novo prédio. O projeto é alvo de discussões entre defensores do patrimônio histórico e ambientalistas.
Para dar celeridade na entrega das autorizações, um projeto foi votado na Câmara de Vereadores, concedendo a autorização, apenas no início deste ano. Segundo o engenheiro do hospital, Fernando Martins, o prazo de execução continua o mesmo.
"A origem da obra era novembro e estamos em maio. O prazo é de 36 meses e o que muda é o prazo final. Já temos dois meses de atraso. Estou estudando uma forma de recuperarmos esse tempo perdido", comentou.
Novo prédio
A obra do novo prédio prevê a derrubada de árvores históricas e a modificação da fachada. A obra de ampliação vai ocupar uma área de 100 mil metros quadrados custando ao Governo Federal R$ 408 milhões.
Hoje, a empresa que vai executar a obra faz serviços de preparação do terreno como a colocação de tapumes. A obra só vai começar após cinco dias úteis da entrega das licenças. Na semana que vem começa a limpeza do terreno e a derrubada de árvores. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMAM) informou que todas as 249 árvores derrubadas serão compensadas pelo hospital.
As paredes do novo prédio só começarão a ser vistas no terreno no fim do ano. Após a derrubada de árvores, a obra que vai levar mais tempo e que vai acontecer numa época de chuvas no inverno é a construção da fundação e dos subsolos dos novos edifícios.
"A primeira etapa do trabalho começa com a construção de subsolos. É uma obra basicamente enterrada. Depois se tira a terra e de 4 a seis meses depois o prédio começa a ganhar forma", informou o engenheiro Fernando Martins.
Mudança nos acessos
A entrada para o ambulatório através da Avenida Protásio Alves foi fechada por tapumes e o acesso acontece pela entrada da Rua Ramiro Barcelos. A entrada principal da instituição não sofrerá mudanças, entretanto, como a mudança de acesso ao ambulatório já aconteceu, servidores orientam pacientes que buscam o serviço.