Após discussão que durou uma hora a portas fechadas, representantes do Governo do Estado e do Cpers-Sindicato divergiram sobre o resultado da reunião. Para o Piratini, houve avanços nas negociações. O secretário estadual da Educação, José Clóvis de Azevedo, disse que o Piratini pode pagar os dias parados dos grevistas, caso a paralisação seja encerrada, além de apresentar outras propostas.
- Encerrando o movimento, nós vamos abonar as faltas e também nos comprometemos em abrir a discussão referente ao vale-refeição e vale-transporte - relata Azevedo, que afirma que a adesão é de cerca de 1%.
Os professores pedem o reajuste do vale-alimentação (que hoje é de R$ 166) e o aumento da participação do estado no valor do vale-transporte. O Sindicato saiu insatisfeito da reunião por acreditar que não houve novas propostas referentes às principais demandas da categoria.
- Não apresentou nenhuma proposta sobre o piso nacional, como também foi irredutível em relação à questão da reforma do ensino médio, no que diz respeito à concepção - afirma a presidente do Cpers/Sindicato, Rejane de Oliveira.
O resultado da reunião será discutido pelo comando de greve. Ainda não há indicativo sobre o final da paralisação.
Assembleia
Durante a manhã, o grupo de cerca de 50 professores que ocupava a Presidência da Assembleia Legislativa desde as 16h de ontem deixou o local. Ao todo, eles permaneceram 20 horas. Segundo a Procuradoria do Legislativo gaúcho, não houve vandalismo.
Após deixar o Palácio Farroupilha, o grupo seguiu até o prédio da Fundação para o Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH), onde acontecia a reunião entre os professores e o governo. Por volta das 10h45, a avenida Praia de Belas, em frente ao prédio, foi bloqueada no sentido centro-bairro. Meia hora depois, o grupo se dispersou.
Gaúcha
Piratini sinaliza com pagamento de dias parados a professores grevistas
Estado ainda propôs iniciar discussão para reajuste de vale-alimentação
Mateus Ferraz
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