O Cpers/Sindicato anunciou nesta sexta-feira (6) que a greve dos professores estaduais irá continuar. A categoria esteve reunida com o governo do Estado para discutir itens da pauta da reivindicações. Dos três pontos considerados mais importantes pelo sindicato, dois não tiveram avanço: o pagamento do piso do magistério e a suspensão da reforma do Ensino Médio. Segundo o secretário estadual da Educação, o governo não pode definir um calendário para o pagamento do piso enquanto o índice que reajusta o vencimento não for alterado em nível nacional.
"Não podemos nos comprometer com um calendário de atualização do piso no plano de carreira porque já em janeiro o piso será movimentado em 19%, 20% ou 22%. Isso desestruturaria as finanças do Estado", afirma José Clóvis de Azevedo.
A suspensão da reforma no Ensino Médio é considerada inegociável, segundo o secretário. Outra reivindicação é o reajuste e a mudança no sistema do pagamento do vale-refeição, o que o governo prometeu avaliar. Mesmo assim, a greve continua, segundo a presidente do Cpers.
"Passamos para um outro patamar de mobilização. Tentamos negociação com mobilização, agora queremos negociação com pressão mais radicalizada", diz Rejane de Oliveira.
Segundo a Secretaria de Educação, a paralisação do magistério atinge totalmente apenas 20 escolas, de um total de 2,5 mil. A adesão chegaria a 5,3% dos professores. Já o sindicato diz que a adesão varia entre 60% e 80% em alguns núcleos no interior do Estado.