Servidores do Ministério da Saúde e da Advocacia-Geral da União foram impedidos de protocolar oito novos pedidos de registros para o Programa Mais Médicos nesta sexta-feira, em Porto Alegre.
Ao chegar à sede do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers), o subprocurador Regional da União, Adalberto José Kaspary Filho deparou com as portas fechadas e com a falta de profissionais no local.
- Eu não gostaria de interpretar isso como uma retaliação, mas não vejo justificativa para o Cremers ter fechado as portas o dia inteiro, se não há mais nenhum movimento, está tudo tranquilo - afirmou Kaspary.
Segundo o presidente do conselho, presidente Rogério Wolf de Aguiar, o motivo da falta de expediente seria o receio de uma suposta ocupação organizada por movimentos sociais pelo Facebook.
No evento "Ocupa Cremers", integrantes convocavam a população a comparecer em frente à sede do Cremers, na Avenida Princesa Isabel, bairro Santana, para pedir a liberação de registro para médicos estrangeiros trabalharem legalmente no Brasil. Na manhã desta sexta-feira, o grupo se reuniu em frente ao local, por volta das 10h. O ato durou pouco mais de uma hora e não houve registros de transtornos.
Aguiar afirma que não há relação entre o fechamento da casa e uma possível retaliação do conselho para dificultar o ingresso de novos médicos no programa, como supôs o subprocurador da União.
- Não há nenhuma questão a respeito disso. Se atrasaram os registros, foi devido a manifestação. Nós estamos processando os 32 registros solicitados - rebateu o presidente do Cremers.
A sede deve voltar a funcionar normalmente na segunda-feira.
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