Inúmeras vezes me ocupei com afinco em abordar o assunto "felicidade".
Modéstia à parte, tive sucesso junto aos leitores.
A minha tese central era a de que os filósofos afirmam que a missão principal dos homens sobre a Terra era a busca da felicidade.
Notei então uma contradição por parte dos filósofos: se eles também afirmam que a felicidade é efêmera, como buscar uma condição efêmera?
Ao taxar a felicidade de efêmera, os filósofos dizem que ela é fugidia, temporária, provisória, ou seja, não existe.
E se ela não existe, como incentivam os homens a buscá-la?
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Ora, se a felicidade não existe, o que é admitido pelos próprios filósofos, então o dever do homem na vida não é a busca da felicidade, e sim buscar ser menos infeliz, essa é a minha tese fulcral.
Interessou-se sobre meu assunto o dr. Fernando Lucchese. E resolveu me contrariar, afirmando que a felicidade existe e que é possível ser feliz.
Pegando carona no meu assunto preferido, o dr. Lucchese, que também é eminente cardiologista, resolveu escrever um livro, intitulado Não Sou Feliz! Por quê?
O autor vai autografá-lo hoje, às 19h30min, na Lojas Colombo do Shopping Iguatemi. Faz isso em homenagem a Adelino Colombo, que, quando o autor tinha nove anos, consertava numa lojinha a sua bicicleta. Como o assunto do livro me intriga profundamente, estarei lá para o lançamento.
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Na nota explicativa sobre seu livro, o dr. Lucchese escreveu que "alguns" dizem que, não podendo ser felizes, cabe aos homens buscarem apenas ser menos infelizes.
O dr. Lucchese não teve a coragem ou a grandeza de escrever que não são "alguns" que dizem que resta ao homem o dever de tentar ser menos infeliz. Quem diz isso sou só eu, ninguém nunca mais disse isso assim com tal precisão e clareza.
Particularmente, para mim, o dr. Lucchese disse que escreveu o livro provocado pelas minhas colunas.
Sei lá por que motivo ele ocultou meu nome em seu livro, de vez que me confessou que escreveu o livro por causa das ideias deste colunista sobre o tema.
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Ou seja, o dr. Lucchese omite meu nome, com certeza não quer me promover.
Mas agora notem a diferença entre o dr. Lucchese e mim: ele não me cita em público, embora no particular confesse que fui eu que o inspirei a escrever seu livro.
Enquanto isso, estou escrevendo uma coluna inteira sobre o dr. Lucchese e sua oposição ao meu pensamento.
Estou fazendo propaganda do livro do dr. Lucchese, enquanto ele subtrai do público que sou o centro motivacional de seu novo livro.
Mas eu já estou cansado de tanta ingratidão igual, embora esse cansaço não faça com que eu desista de ser magnânimo.
E no mínimo, com esse comportamento esquivo, o dr. Lucchese foi "infeliz".
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A julgar pela agressão absurda que sofreu o torcedor gremista apelidado de Gaúcho e por essa decisão de um Gre-Nal com uma torcida só, verdadeiro onanismo, Fábio Koff é quem tinha razão: a Arena não é do Grêmio. É da Brigada Militar.