Na coluna de terça-feira, brinquei que só não queria que o novo papa fosse argentino ou colorado.
Pois não é que o papa saiu argentino...
* * *
Mas estou alegre, porque o Papa adotou o meu nome, Francisco. Admira-me que seja o primeiro papa que se chama Francisco, nome de um grandioso santo, São Francisco de Assis.
Com tantos papas italianos, nenhum adotou o nome do Pobrezinho de Assis, isso é espantoso.
Mas não foi só esse meu "azar" na semana, o papa ser argentino.
Meu pior azar na semana foi a derrota lamentável do Grêmio em Caracas.
Fiquei e estou arrasado com essa derrota.
É que, com a vinda de Barcos, supus que o Grêmio deveria ser campeão da Libertadores. Pois se viu em Caracas, terça-feira, que não temos time para sermos campeões.
Nossa defesa é furada, Cris é comprometedor e Pará é inconfiável.
Grêmio com time irrazoável e papa argentino é dose dupla nesta semana quase trágica.
* * *
Quem não gosta de futebol, ainda assim vai gostar desta notícia espetacular, histórica, nunca antes verificada no mundo, o maior erro de um juiz que se tem notícia.
O Caracas solicitou ao árbitro antes do jogo contra o Grêmio que ele procedesse a um minuto de silêncio em memória do ex-presidente Hugo Chávez.
Ora, Hugo Chávez está e estava sendo velado em Caracas, de onde com mão forte governou a Venezuela por vários anos.
Como pode o árbitro ter se negado, por recomendação da Conmebol, a proceder ao minuto de silêncio?
Pois se negou.
* * *
Um minuto de silêncio solicitado ao juiz, seja em memória de um engraxate ou até de Adolf Hitler, tem de ser imediatamente concedido.
Foi um ato arbitrário e violento.
Este juiz e a Conmebol restaram por isso malditos.
Opinião
Paulo Sant'Ana: "Argentino ou colorado"
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: