A 10ª Vara da Fazenda Pública determinou nesta tarde a suspensão temporária do corte de árvores na região da Usina do Gasômetro, em Porto Alegre. A derrubada das árvores para obras de duplicação da avenida Edvaldo Pereira Paiva gerou protestos da população e motivou a intervenção da Câmara de Vereadores e do Ministério Público.
A prefeitura da Capital tem 10 dias para prestar informações sobre as licenças ambientais para as obras de duplicação, no trecho entre a Rótula das Cuias e a Praça Júlio Mesquita. A juíza Nadja Mara Zenella ainda definiu audiência de conciliação no próximo dia 10 de abril. O secretário de Gestão, Urbano Schmitt, teme por atrasos no cronograma.
No final de semana a prefeitura plantou as primeiras 60 mudas de arvores para compensação ambiental. A decisão da Justiça atende ação movida pela promotoria de meio ambiente de Porto Alegre. A vereadora Sofia Cavedon, do PT, que liderou o movimento contrário ao atual modelo da obra, comemorou a liminar. Ela afirma que a prefeitura ainda não entregou projetos básicos das obras para Caixa Econômica Federal, logo, eventuais atrasos não serão por conta da suspensão do corte de árvores. Para a vereadora, esse período será importante para debater um modelo mais sustentável para a duplicação.
Na ação civil pública, os promotores pedem que o Município implante o 'Parque Corredor do Gasômetro', que deverá ser integrar as obras viárias de mobilidade com áreas verdes da região. Pelo projeto da prefeitura, 115 árvores devem ser retiradas e outras quatrocentas serão plantadas como forma de compensar o impacto ambiental.