Filósofo britânico fala sobre o lugar social da filosofia durante palestra na Capital

Passava-se um minuto das 20h de segunda-feira quando o filósofo britânico Simon Blackburn subiu ao palco do Salão de Atos da UFRGS para sua palestra no Fronteiras do Pensamento.

Expoente da Universidade de Cambridge, prestigioso núcleo gerador da filosofia inglesa, Blackburn iniciou falando sobre sua entrada na instituição.

- A filosofia é um assunto divertido. Em 1962, quando cheguei a Cambridge, me disseram que a filosofia fazia parte das ciências morais e que deveria ler autores como Aristóteles, David Hume e Ludwig Wittgenstein. O fantasma de Wittgenstein ainda estava assombrando os corredores (o filósofo tinha morrido em 1951) - disse.

Afirmando que jamais aprendeu o que significavam "ciências morais", Blackburn disse que se sentiu atraído pela filosofia através da literatura e da poesia. Lembrou que a condição material é importante para entender aquilo que o filósofo Immanuel Kant definia como "o que os homens fazem de si mesmos".

- É muito importante para a política e para ética o fato de que não somos animais autossuficientes - sustentou.

O Fronteiras do Pensamento Porto Alegre é apresentado pela Braskem e tem o patrocínio de Unimed Porto Alegre, Natura, Gerdau e Grupo RBS. O projeto conta com parceria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), apoio da Petrobras no módulo educacional e parceria cultural de Unisinos, prefeitura de Porto Alegre e governo do Estado do Rio Grande do Sul.