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Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) indicam que o Brasil deve registrar, neste ano, 134.170 novos casos de câncer de pele - 62.680 em homens e 71.490 em mulheres. A doença responde por 25% do total de tumores malignos detectados no país e é o tipo de câncer mais comum em pessoas com mais de 40 anos. A recomendação é que as pessoas estejam atentas para o uso do protetor solar, sobretudo durante o período de férias de verão.
A orientação, de acordo com o chefe do Núcleo de Dermatologia do Inca, Dolival Lobão, é aplicar o filtro solar meia hora antes de sair de casa e reaplicá-lo a cada duas horas. O protetor também deve ser reforçado após mergulhos ou em casos de suor intenso. Pessoas de pele clara, sensível à ação dos raios solares ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas do câncer de pele.
- É importante frisar que não é uma exposição eventual que vai levar ao câncer de pele, isso é cumulativo. Vários verões depois, lá com seus 40, 50 anos de vida, é que indivíduo pode desenvolver a doença - observa Lobão.
Outro conselho é o uso de roupas confeccionadas com tecidos que têm proteção solar, produzidos com tecnologia especial. Alguns desses materiais, segundo o órgão, chegam a bloquear 98% dos raios ultravioleta. É preciso ainda evitar a exposição ao sol entre as 10h e as 16h, além de usar chapéus, guarda-sol e óculos escuros.
Pessoas que trabalham em exposição direta ao sol, como salva-vidas, pescadores e vendedores ambulantes de praia, estão mais suscetíveis à doença e devem redobrar os cuidados.