O Conselho Regional de Medicina (Cremers) vai abrir sindicância para apurar a morte de um caminhoneiro que esperou 11 horas por uma vaga em Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) no Vale do Rio Pardo.
Luciano Pedroti, de 29 anos, teve traumatismo craniano em acidente de trânsito e foi levado ao Hospital de Vera Cruz, que não tem UTI. Durante a madrugada, ele teve uma parada cardíaca pouco antes de ser transferido para Passo Fundo, a 240 quilômetros de distância, único município onde a central de regulação conseguiu vaga.
O delegado da 13ª coordenadoria regional de saúde do Estado, Paulo Augusto Gomes, admite que o número de leitos é um quarto do ideal para atender 334 mil habitantes em 13 municípios no Vale do Rio Pardo. Um projeto técnico para aumentar de 130 para 280 leitos no hospital de Rio Pardo está em andamento, mas ainda em fase inicial.
De acordo com a secretaria estadual da Saúde, o pedido de leito em UTI chegou à Central de Regulação às 20h40min de segunda-feira, cerca de quatro horas depois do paciente dar entrada na unidade. A secretaria ressalta que trabalha para ampliar e descentralizar leitos de UTI e demais especialidades no Estado.
Atualmente, 106 hospitais no Rio Grande do Sul possuem UTI adulta, oferecendo um total de 1.425 leitos, sendo 895 deles do Sistema Único de Saúde (SUS).
11 horas de espera
Cremers vai abrir sindicância para apurar morte de caminhoneiro que não conseguiu internação em UTI
Luciano Pedroti, de 26 anos, morreu às 3h desta madrugada
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