Prestar um serviço de qualidade e ainda investir em ir além do básico, colaborando para trazer melhorias às comunidades nas quais estão inseridas é um dos pontos que movem as corporações que optam por uma abordagem ESG (governança ambiental, social e corporativa). A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que tem quase seis décadas de atuação no Estado, se encaixa nesse modelo, contribuindo para realizar uma ampla transformação socioambiental nos locais onde atua. Com foco na promoção de saúde e na qualidade de vida, a Corsan, que passou a ser administrada pela Aegea Saneamento em 2023, atua para garantir a melhoria dos índices de saneamento básico do Rio Grande do Sul.
Paralelo a isso, nos 317 municípios em que está presente, a empresa também mantém programas voltados para a preservação do meio ambiente, redução das diferenças sociais e por um futuro mais sustentável. Para o coordenador de Responsabilidade Social da companhia, Mateus Alves, tais propostas de responsabilidade socioambiental reafirmam o compromisso da empresa de cuidado com as pessoas, deixando um legado que vai além da obrigação contratual.
– Um bom trabalho operacional nos dá a licença social, assim como uma comunicação bem feita. E a área de responsabilidade social, por meio dos programas, faz com que a gente se aproxime ainda mais da população e comece desde agora a implantar uma consciência ambiental e da importância do saneamento que ficará para além da universalização, em 2033 – explica.
O programa considerado o carro-chefe é o Afluentes, que promove o relacionamento entre líderes comunitários e a companhia, garantindo um canal aberto e transparente de diálogo para conhecer as reais necessidades de cada região. Com essa proximidade, a Corsan desenvolve ações e atividades junto às comunidades atendidas, como conversas com os moradores sobre obras de saneamento e também visitas guiadas às instalações da empresa.
– Ter esse canal direto de escuta junto à população contribui para entendermos as dores dos moradores podendo atuar nas demandas prioritárias de cada local – lembra o coordenador.
Estar próximo de quem vai fazer o futuro também é um cuidado que tem a Corsan. O programa Portas Abertas fecha parcerias com escolas de Ensino Fundamental e Médio e também universidades para a organização de visitas às Estações de Tratamento de Água (ETA) e de Esgoto (ETE) e os centros de operações da empresa. Respeitando as particularidades de cada grupo de visitantes, são apresentados os processos envolvidos em cada etapa do ciclo da água e do tratamento dos efluentes. Isso contribui para que os jovens entendam melhor o trabalho desenvolvido pela Corsan e a importância do saneamento básico, sendo multiplicadores entre seus grupos de convivência.
– Temos também o projeto Horta nas Escolas, em que colaboramos com sementes para que as escolas construam espaços de plantação. Temos um retorno muito positivo, com muitas instituições que seguem produzindo suas hortas após a iniciativa inicial – comenta Mateus.
O voluntariado também tem espaço dentro da Corsan, que incentiva colaboradores a atuarem dentro dos locais atendidos pela companhia em diferentes frentes. Durante a enchente ocorrida no mês de maio, a equipe foi ainda mais atuante, auxiliando as vítimas com doações de roupas e alimentos.
– O nosso voluntariado fez uma frente absurda durante as chuvas e isso fortaleceu o nosso propósito. Estamos com diversas ações, em que cada regional tem autonomia para organizar seus trabalhos – reitera.
Geração de renda
Com os programas socioambientais, a Corsan também oferece alternativas que contribuem para o desenvolvimento financeiro das famílias dos locais em que está inserida. Por meio de conceitos oriundos da economia circular, o De Olho no Óleo auxilia no descarte correto do óleo utilizado nas cozinhas. Além de conscientizar sobre os riscos de entupimento de encanamentos e poluição dos rios, o programa também mobiliza oficinas de fabricação de sabão artesanal e detergente líquido com o óleo recolhido nos pontos de coleta parceiros. Mateus comenta que, além de ser uma fonte de renda extra para alguns participantes, o projeto também visa a formação de agentes ambientais que possam atuar nas comunidades de forma mais próxima.
– Em agosto deste ano, o programa ganhou uma versão itinerante que percorreu 22 cidades do Estado com palestras sobre sustentabilidade e workshops de produtos de limpeza – destaca.
Para 2025, novos projetos estão previstos, entre eles o Mulheres Encanadoras, o qual foi realizado um piloto na cidade de Esteio, na Região Metropolitana. A ideia é capacitar mulheres para o ofício de encanadoras, gerando mão de obra para a instalação das conexões entre as residências e a rede de esgoto. Para Mateus, mais que suprir a falta de profissionais nesta área, a Corsan também quer impactar na empregabilidade de mulheres.
– Em Esteio, formamos uma turma de 15 mulheres. Passamos toda a tecnologia de como fazer a conexão intradomiciliar e também oferecemos orientações de empreendedorismo. Estamos formatando o projeto para que ele possa acontecer em diversas cidades do interior do Estado – informa Mateus.