
Em uma final paulista, o Osasco Vôlei derrotou o Sesi-Vôlei Bauru, nesta quinta-feira (1º), por 3 sets a 1, parciais de 28/2, 19/25, 27/25 e 25/20, após 2h12 min de partida disputada diante de 10.352 torcedores que lotaram o Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e se sagrou hexacampeão da Superliga feminina.
Com o resultado, o time dirigido por Luizomar de Moura conquistou a tríplice coroa da temporada 2024/25, já que anteriormente havia vencido o Campeonato Paulista e a Copa Brasil, também em duelos com o Sesi Bauru.
Dono da terceira melhor campanha da fase regular, Osasco chegou à decisão depois de seis temporadas e voltou a vencer a competição depois de 13 anos.
Natália e Tifanny definem o primeiro set

Osasco começou melhor a final e abriu 4 a 1, após um ataque do fundo de Natália. Comandado pela ponteira campeã olímpica em Londres 2012 e prata em Tóquio 2020, a equipe seguiu liderando até 20 a 16.
Mas o Sesi-Bauru foi reagindo e encostando no placar. Com Mayhara pontuando duas vezes seguidas, a diferença caiu para dois (20 a 18), Em um ace da levantadora Dani Lins o empate chegou em 22 a 22 e num bloqueio de Mayhara sobre Natália, A virada em 23 a 22.
Mas Natália marcou seu oitavo ponto no set e empatou 24 a 24. Então foi a vez de Tifanny. A oposta de 40 anos, que disputou sua primeira decisão de Superliga, fez dois pontos consecutivos, o último deles (26 a 24), após um rali de 17 segundos.
Bauru reage e erros de Osasco definem o segundo set

O segundo set foi marcado pelo grande número de erros de Osasco. Foram sete contra dois de Bauru, que embalado pelos oito pontos marcados pela ponteira venezuelana Roslandy Acosta liderou toda a parcial.
Na reta final, com vantagem confortável, Bauru fechou em 25 a 19, após ponto marcado por Kasiely.
O jogo de Natália

Um dos maiores nomes da história do voleibol feminino do Brasil, Natália voltou a comandar a equipe de Osasco no terceiro set.
A equipe de Luizomar de Moura começou marcando 5 a 0, com uma ótima sequência de saques de Giovana e Natália atacando e bloqueando.
Um longo rali de 54 segundos levantou os mais de 10 mil torcedores no Ibirapuera e Osasco fez 8 a 4. O Sesi-Bauru voltou a reagir e empatou em 10 a 10, em ataque da oposta Bruna Moraes.
Tafanny entrou em ação e manteve Osasco na disputa. A igualdade persistiu e as equipes foram trocando pontos, até o bloqueio de Natália definir o 28 a 26 e garantir o 2 a 1 para Osasco.
Tifanny define título e entra para a história

O quarto set era de tudo ou nada para o Seis-Bauru. Mas Osasco começou melhor e fez 2 a 0 e 7 a 4, em ace de Tifanny. Saída do banco, a central Larissa marcou 15 a 12.
A exemplo de outras parciais, Bauru reagiu e conseguiu empatar em 17 a 17, mas com uma inversão e a entrada da levantadora reserva Kenya e da oposta Polina Rahimova, Osasco retomou o controle da partida e chegou a 22 a 19, em ataque da jogadora do Azerbaijão.
O final teve o brilho de Natália, eleita a melhor jogadora (MVP) da Superliga, que marcou o 23º ponto em um ataque e o 24º em um ace. O 25 a 20 e o título chegaram pelas mãos de Tifanny, que entrou para a história como a primeira jogadora trans a conquistar o título da competição, assim como ocorreu na Copa Brasil.
Natália terminou a partida como maior pontuadora, com 25 acertos, um a mais que Tifanny. A central Valquíria e a ponta Maira marcaram 10 vezes, cada. Bruna Moraes fez 24 pontos para o Sesi-Bauru.