A comissão superior de apelação da Federação Francesa de Futebol (FFF) optou por não acatar o recurso apresentado por Kylian Mbappé, que exige 55 milhões de euros (cerca de R$ 331 milhões pela cotação atual) em salários e bônus ao Paris Saint-Germain, como apurou nesta terça-feira (18) a AFP junto a uma fonte próxima.
Esta decisão segue a mesma linha daquela que foi adotada pela comissão disciplinar da Liga Francesa de Futebol Profissional (LFP) no dia 11 de dezembro, que concluiu pela inadmissibilidade da reclamação do atacante do Real Madrid.
A comissão da FFF se reuniu no dia 30 de janeiro, sem a presença das partes, e decidiu no dia 11 de fevereiro pela inadmissibilidade do recurso, segundo uma fonte próxima.
A instância da FFF argumentou que a comissão disciplinar da liga francesa "considerou com toda a razão que nenhum processo disciplinar deveria ser instaurado contra o clube" devido a outro procedimento aberto na justiça ordinária a pedido do PSG.
"Este raciocínio difícil de compreender impede Kylian Mbappé de obter justiça, apesar de várias decisões a seu favor", explicou à AFP a advogada do jogador, Delphine Verheyden.
Procurado pela AFP, o clube parisiense optou por não comentar.
O conflito entre o craque e o PSG tem origem em um acordo assinado em agosto de 2023 entre o atacante e a diretoria do clube.
Mbappé foi afastado do time principal parisiense por ter se recusado a renovar com o clube. Esta renovação teria permitido ao PSG receber dinheiro para uma possível transferência, enquanto Mbappé se transferiu para o Real Madrid a custo zero como jogador livre no mercado.
Em virtude desse acordo, o jogador concordou em abrir mão de 55 milhões de euros em vários bônus se ficasse livre no final da temporada.
Mas a validade desse acordo, que o próprio jogador mencionou publicamente à imprensa em janeiro, é contestada pela comitiva do astro. O jogador exige o pagamento de 55 milhões de euros, que correspondem ao último terço de um bônus de assinatura, 36 milhões de euros brutos (cerca de R$ 216,6 milhões), às últimas três mensalidades, assim como a um bônus de ética relativo a esses três meses.
* AFP