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Em toda a história do tênis, apenas 60 brasileiros conseguiram se classificar entre os 100 melhores do ranking mundial, seja em simples ou duplas, contando mulheres e homens.
Por conta desta pequena quantidade de tenistas neste grupo, o Rio Open realizou nesta quarta-feira (19), a oitava edição do Clube Top 100, que foi inspirado no "Last 8 Club" do torneio de tênis mais tradicional do mundo, Wimbledon.
A ideia do Clube Top 100 do Rio Open é convidar todos os tenistas nacionais que foram top 100 do mundo para comparecerem ao evento com um acompanhante, recebendo uma credencial para acessar o Players Guest Area, espaço exclusivo para convidados dos jogadores.
E neste ano de 2025 o homenageado foi o paulista Cássio Motta, que completará 65 anos de idade no próximo dia 22. O ex-jogador foi top 50 do ranking de simples em 1986 e chegou ao número 4, como duplista, em setembro de 1983. No total ele acumulou 10 títulos de duplas do circuito da ATP, além de ter disputado duas semifinais de duplas e uma final de duplas mistas em Roland Garros.
A homenagem para Motta aconteceu na Quadra Guga Kuerten, antes da partida entre Thiago Monteiro e Chun-Hsin Tseng.
— Fazia muito tempo que eu não vinha num torneio. Eu estou impressionado com a estrutura. Adorei presenciar o público e os jogos e estou torcendo para os brasileiros jogarem cada vez melhor — disse Cássio Motta em entrevista coletiva.
O mais jovem integrante deste grupo de brasileiros entre os 100 melhores do mundo é João Fonseca, que no Rio Open acabou sendo eliminado em sua estreia. O carioca, aliás, superou o próprio Motta como o tenista do Brasil com menos idade a entrar no grupo. Com 19 anos, cinco meses e oito dias, Cássio debutou no top 100 em 1979 e viu sua marca ser batida pelos 18 anos, cinco meses e seis dias do campeão do último ATP de Buenos Aires.
— O João é muito novo, vai dar muita alegria. Os recordes dele vão aparecer. Mas o que todos tem que entender é que o tênis tem uma peculiaridade muito legal. Toda segunda-feira começa uma vida nova. Pode perder numa semana, mas logo vai ter outra — avaliou Cássio Motta sobre o novo prodígio do tênis brasileiro.