
Derrotada na decisão de 2024 pela bielorrussa Aryna Sabalenka, a chinesa Qinwen Zheng começou com sustos e sofrimento sua caminhada em nova edição do Australian Open. Quinta favorita, a tenista asiática teve bastante trabalho, mas bateu a romena Anca Todoni, vinda do qualificatório, em sets diretos, parciais de 7/6 (7/3) e 6/1, após uma hora e 56 minutos de jogo na Rod Laver Arena, a principal quadra do complexo de Melbourne Park.
Zheng teve um primeiro set duro com a europeia, que se amparava no serviço. A parcial inicial foi igual até 3 a 3, sem nenhum break point. A chinesa era dominante no saque, mas não achava uma artimanha para buscar a quebra no serviço da oponente de 20 anos e que ocupa a 111ª no ranking mundial.
Até ser mais agressiva no sétimo game e, finalmente, se colocar à frente do placar na partida. Zheng quebrou na segunda chance e bastava seguir se impondo no serviço para fechar a parcial. Ela teve triplo set point com 40 a 0 e 5 a 4 e não aproveitou, permitindo a quebra e a igualdade.
Antes de levar a decisão ao tie-break, a chinesa precisou salvar três set points em seu serviço. No desempate, pontuou três vezes no saque de Todoni para fechar com 7 a 3 após 76 minutos. A romena deixou a bola decisiva passar, confiante que iria para fora, mas ela pingou na linha.
Zheng começou embalada o segundo set e abriu logo 3 a 0. Antes de sacar no quarto game, a romena pediu tempo médico, reclamando de dor nas costas, e recebeu atendimento da fisioterapeuta. Todoni fez o ponto de honra, mas não conseguiu mais equilibrar as ações e acabou derrotada pela favorita chinesa com 6 a 1.
Mirra Andreeva começa com vitória tanquila

Outra cabeça de chave que esteve em ação logo no começo da rodada inaugural do primeiro Grand Slam do ano foi a jovem sensação russa Mirra Andreeva, de 17 anos e 14ª favorita. Algoz de Aryna Sabalenka em Roland Garros, a garota entrou na Melbourne Arena com missão de melhorar a campanha de 2024, quando foi até a quarta rodada, eliminando, por exemplo, a tunisiana Ons Jabeur, então sexta favorita, com direito a pneu.
A tarefa deste sábado (11) à noite no Brasil e manhã de domingo na Austrália era complicada, diante da tcheca Marie Bouzkova, 42ª do mundo, e que queria se redimir da queda na estreia da edição passada. Mas a russa confirmou o bom momento, se garantindo com duplo 6/3 após uma hora e 36 minutos.
O jogo começou com as tenistas atacando o serviço da rival e uma quebra para cada lado de cara. Para fazer 2 a 2, Andreeva precisou salvar um break point. A russa voltou a quebrar no sétimo game em bela subida à rede e depois sacou bem para abrir 5 a 3.
O teto retrátil da quadra precisou ser fechado pela ameaça de chuva. O céu ficou cinzento por causa das nuvens carregadas. E a pequena parada parece ter ajudado Andreeva, que fechou o set por 6 a 3 em sua terceira quebra, com a checa parando na rede.
Nervosa, Bouzkova não conseguia encaixar seus golpes. Diante de uma adversária precisa nos golpes, a checa perdeu de vez a paciência ao subir na rede e mandar golpe fácil para fora. Conversando com ela mesma, tentava se acalmar após sair em desvantagem de 3 a 0 no segundo set. Andreeva estava gigante e fechou sete games seguidos.
Bouzkova respirou fundo, buscou energias e esboçou uma reação, ao diminuir para 3 a 2. Mas voltou a perder o serviço, quando podia empatar. Nada de desespero e nova quebra para voltar ao set com 4 a 3 contra. E Andreeva aproveitou o quarto break em game longo e abriu 5 a 3 com o serviço para a vitória. E não desperdiçou. Agora, ela espera a vencedora do confronto entre a japonesa Moyuka Uchijima e a polonesa Magda Linette.