O presidente da Federação Internacional de Atletismo (World Athletics), Sebastian Coe, reafirmou nesta quarta-feira (4) sua esperança de que o novo circuito Grand Slam Track dê mais destaque ao esporte.
Promovido pelo ex-medalhista olímpico Michael Johnson, o Grand Slam Track vai estrear em 2025 apenas com provas de pista e quatro encontros: Kingston (Jamaica), Miami, Filadélfia e Los Angeles.
— Quero que tenham êxito. Quero que deem brilho ao nosso esporte e acho que há espaço para todos aqui, desde que haja algum tipo de comunicação e coordenemos o calendário— afirmou o dirigente.
Ex-atleta e medalhista olímpico, o britânico garante que o novo circuito não será uma ameaça aos eventos já existentes.
— Não o vejo como uma ameaça. Nunca vi a competição como uma ameaça. Ou você trabalha com a competição ou não. Honestamente, esta (World Athletics) é uma organização que acolhe todos os tipos de inovação, e acho que mostramos de alguma forma que não estamos assustados com isso — acrescentou.
Estas novas séries foram percebidas como um desafio ao circuito estabelecido da Diamond League, num momento em que o atletismo luta para ganhar visibilidade para além dos Mundiais ou dos Jogos Olímpicos.
O próprio Coe e a World Athletics lançaram seu próprio Ultimate Championship em novembro, um evento por equipes cuja primeira edição será realizada em Budapeste entre 11 e 13 de setembro de 2026.
Este evento será realizado a cada dois anos para atender à ambição da World Athletics de realizar um campeonato global a cada ano. Ao contrário do Grand Slam Track de Johnson, o Ultimate Championship também incluirá disciplinas de campo (salto e arremesso) e será realizado após as finais da Diamond League.
— Deveríamos estar satisfeitos por termos criado um cenário onde as pessoas acreditam que vale a pena investir em nosso esporte — disse Coe em entrevista coletiva após reunião do conselho da World Athletics em Mônaco.
— Estou aberto a todos os tipos de inovação. Estou aberto a todos os tipos de investimento dentro do razoável", acrescentou. "É importante que trabalhemos como colaboradores e não como concorrentes.
* AFP