Em áudio divulgado pelo programa Fantástico, da Rede Globo, o volante Nikolas, do Novo Hamburgo, é flagrado comemorando o cumprimento da ação (cometer um pênalti) que teria sido pago para desempenhar pela máfia das apostas. O jogador do clube gaúcho é um dos acusados da Operação Penalidade Máxima, que investiga a manipulação de jogos em partidas do Brasileirão 2022 e estaduais de 2023.
— Aqui é papo de homem. Se eu falei que vou fazer, eu vou fazer. É isso aí. Eu sabia que iria entrar no jogo, então, não tinha erro — falava o jogador em áudio interceptado pelo Ministério Público de Goiás.
Em seu depoimento, ele negou que tenha sido aliciado. Confrontado, ele acabou admitindo a infração, que teria ocorrido no duelo contra o Esportivo pelo Gauchão deste ano.
– A cada vez que eu negava, ele (investidor) falava "então faça isso, faz aquilo". Até que aceitei o do pênalti — contou Nikolas.
A Operação Penalidade Máxima desmantelou uma organização criminosa especializada em corromper atletas de futebol e lucrar com apostas esportivas. A organização seria composta por oito integrantes. O dinheiro utilizado para realizar a apostas e o pagamento de atletas era feito por investidores.
O Ministério Público de Goiás denunciou 16 jogadores das Séries A e B do Brasileirão com envolvimento em manipulação de apostas esportivas, investigados na segunda fase da Operação Penalidade Máxima. Na primeira etapa da investigação, oito atletas foram denunciados. Quatro jogadores descobertos no esquema admitiram envolvimento e não foram denunciados.
As diligências também apontaram que o Juventude foi um ponto central do esquema. Dois jogadores que fizeram parte do grupo de 2022, Paulo Miranda e Tota, são réus por infringir o artigo 41-C do Estatuto do Torcedor.