A Inglaterra, que goleou o Irã (6-2) na primeira rodada do Grupo B da Copa do Mundo do Catar-2022, não passou do empate em 0 a 0 com os Estados Unidos nesta sexta-feira, no estádio Al Bayt em al-Khor, mas segue em uma posição favorável para buscar a vaga nas oitavas de final na próxima terça-feira, contra o País de Gales.
A seleção de Gareth Southgate, que lidera o Grupo B com quatro pontos, agora só precisa não ser goleada na última rodada pelo seu vizinho País de Gales, último colocado com apenas um ponto.
Já os Estados Unidos, sólidos defensivamente, mas bastante inofensivos, empataram pela segunda vez no Mundial do Catar e terão que vencer o Irã no último jogo da fase de grupos para avançar às oitavas.
A Inglaterra, que poderia se classificar antecipadamente com uma vitória, mostrou pouca ambição e se viu superada em vários momentos da partida pela jovem seleção americana.
Nesta sexta-feira, os Estados Unidos deixaram uma impressão melhor do que no primeiro jogo contra o País de Gales (1-1) em um torneio de grande importância para o futebol americano, próximo co-organizador do Mundial de 2026.
Com o segundo elenco mais jovem da Copa do Mundo, o técnico Gregg Berhalter buscou a experiência de cinco titulares da Premier League, incluindo Christian Pulisic, que acertou o travessão no primeiro tempo.
Já Southgate não fez alterações e colocou em campo o mesmo time que goleou o Irã por 6 a 2. Não poupou nem Harry Kane, o mais insubstituível de todos, que havia saído de campo no duelo anterior mancando com do pé direito.
O atacante do Tottenham, Chuteira de Ouro no último Mundial, começou o jogo muito ativo e deu o primeiro aviso aos 10 minutos ao concluir uma assistência de Saka com um chute que acertou um defensor. A Inglaterra teve a iniciativa mas, com lançamento lento da bola, o domínio foi estéril.
O talentoso Jude Bellingham, uma das novas sensações do futebol europeu aos 19 anos, não conseguia conectar bolas com os velozes Saka e Sterling pelas pontas.
- Estados Unidos seguem invictos -
Mesmo mantendo o perigo sob controle, os Estados Unidos ousaram levar perigo ao gol de Jordan Pickford.
As primeiras chances vieram com uma cabeçada, desviada, do atacante Haji Wright, a única novidade que Berhalter apresentou no time titular, e um chute alto de Weston McKennie quando ele estava sozinho no meio da área.
Os Estados Unidos conseguiram explorar sua maior arma, a verticalidade dos fortes volantes McKennie e Yunus Musah e do ponta Tim Weah, filho do lendário ex-jogador liberiano George Weah e autor do único gol contra o País de Gales.
Pulisic também tentava levar perigo, mas de forma esporádica. Aos 33 minutos, ele recebeu pela direita da área e surpreendeu a zaga inglesa com um chute de pé esquerdo que acertou o travessão.
O atacante estava ansioso para provar seu valor contra a Inglaterra, depois de alguns meses difíceis no Chelsea.
O lance acordou os ingleses, que antes do intervalo responderam com um chute desviado de Saka e outro de Mason Mount em que Matt Turner fez uma grande defesa.
Na volta do vestiário, os Estados Unidos continuaram batendo na porta do gol inglês, incentivados pelos gritos de 'USA! USA!' entre os 68.463 espectadores nas arquibancadas.
Southgate reagiu tirando Bellingham, mas desta vez não explorou seu luxuoso banco e apenas trocou Sterling por Grealish.
O atacante do Manchester City trouxe vitalidade ao setor ofensivo inglês e Kane teve uma última chance nos acréscimos com uma cabeçada na área, mas os Estados Unidos continuaram invictos contra a Inglaterra em suas três partidas em Copas do Mundo.
* AFP
