O último jogo da parceria Fifa e EA Sports ainda segue gerando muito debate e, principalmente, muitas dúvidas. O Fifa 23 lançado na última sexta-feira (30) pode ficar marcado na história como o "Last Dance" da união entre uma das mais tradicionais empresas de games do planeta com a principal entidade do futebol.
Entretanto, mesmo que as informações de momento deem conta de que a parceria terminará ao fim da temporada competitiva do Fifa 23, há quem acredite que ainda há tempo para que as duas empresas reatem a relação. O desacerto é, ao que consta, financeiro.
— O acordo não foi renovado por uma divergência financeira. A EA pagava aproximadamente US$ 40 milhões por ano e aceitariam pagar US$ 80 milhões. A Fifa, por outro lado, só fecharia o acerto por algo próximo dos US$ 100 milhões. Nesse vai e não vai, não houve o acerto e a parceria encerrou — explica Rodrigol, streamer e apresentador das competições de futebol virtual, em entrevista ao G-Start.
Criador de conteúdo de futebol virtual e outros jogos desde o fim de 2014, Rodrigo Hashimoto é um dos pioneiros do cenário. Ao comentar sobre o fato de que, para ele, a Fifa perde muito mais com o fim da parceria do que a EA, ele ressaltou que ainda não descarta uma reconciliação entre as empresas.
— O próximo jogo será lançado no fim de setembro de 2023, que até o momento está sendo chamado de EA Sports FC. Dá tempo de eles se acertarem e renovarem a parceria? Eu acredito que sim. O que não dá é para programa um jogo todo do zero para lançar no próximo ano — afirma Rodrigol, ressaltando que o próprio GTA (Grand Theft Auto) 6 está sendo desenvolvido há mais de 10 anos, o que mostra a complexidade de programar um jogo de alta qualidade e grande adesão mundial.
Rodrigol também atua como apresentador, narrador e comentarista nas competições de Fifa. Próximo do cenário competitivo e do casual, já que faz streams na Twitch e tem seu canal no Youtube, ele também comentou como será a criação de conteúdo após o fim da parceria e sobre como ele projeta o cenário competitivo.
— Eu diria que a Fifa tinha medo sim de o jogo virtual concorrer com o futebol real. Para se ter uma ideia, não podiam ocorrer os campeonatos em datas de grandes jogos e datas Fifa. Acredito que para o competitivo, essa mudança pode significar muito. Para o criador de conteúdo dependerá de muitos fatores, inclusive da forma como ele vai trabalhar o jogo — finalizou.