A seleção brasileira feminina de vôlei entra em quadra neste sábado (15), às 15h, na Omnisport Arena, em Apeldoorn, na Holanda, em busca do inédito título do Campeonato Mundial. E a adversária na decisão será a Sérvia, atual campeã e única equipe invicta da competição.
Esta será a quarta vez que o Brasil disputará uma final de Mundial. Nas três anteriores, derrotas para Cuba, em 1994 em São Paulo, e em 2006 e 2010 para a Rússia, em Osaka e Tóquio, ambas no Japão.
A expectativa pela conquista do título é enorme, especialmente pela fato de o Brasil ter derrotado a Itália em duas oportunidades e vencido um jogo praticamente perdido contra o Japão, nas quartas de final.
— Esse grupo está muito bacana. O segredo desse time é o trabalho e a dedicação. Sabíamos que não tínhamos o maior potencial entre os times, mas é uma equipe muito bem liderada pela Gabi. Elas têm um cuidado muito grande com a alimentação e o descanso — elogiou o técnico José Roberto Guimarães, após a vitória de 3 a 1 sobre as italianas na semifinal.
No grupo que disputa este Mundial, apenas cinco jogadoras já participaram da competição. As centrais Carol Gattaz e Carol e a ponteira Gabi jogaram o torneio duas vezes, e a levantadora Roberta e a ponta Rosamaria atuaram em um campeonato.
O processo de renovação merece um capítulo à parte, e ele é totalmente baseado em José Roberto Guimarães. Das 14 jogadoras que estão na Holanda, seis delas são oriundas do projeto liderado por ele em Barueri: Tainara, Kisy, Lorenne, Natinha, Nyeme e Lorena.
Do time vice-campeão olímpico em Tóquio, ficaram no elenco Roberta, Macris, Rosamaria, Gabi, Carol e Carol Gattaz, que aos 41 anos é um espelho para muitas destas jogadoras.
— Minha motivação é enorme. Adoro estar com elas e me sinto parte desse time. Quero ser um exemplo de liderança dentro e fora de quadra, dando o meu máximo sempre. Isso é o fundamental— comenta Gattaz, que esteve nas campanhas dos mundiais de 2006 e 2010.
Sérvia mantém base campeã em 2018
Defensora do título, a seleção da Sérvia venceu os 11 jogos que disputou neste Mundial. A equipe comandada pelo italiano Daniele Santarelli tem nove remanescentes do torneio ganho no Japão. O grande nome é a oposta Tijana Boskovic, eleita a melhor jogadora (MVP) da competição de 2018.
Boskovic é candidata a ganhar o prêmio novamente, se sua seleção se sagrar bicampeã. A canhota tem até o momento 216 pontos, sendo 195 de ataque, 13 bloqueio e oito de saque, e é a quarta maior pontuadora da competição.
Mas além da oposta de 32 anos, outros nomes merecem destaque na seleção sérvia, como Ana Bjelica e Brankica Mihajlovic, que já atuaram no voleibol brasileiro. Essas três jogadoras fazem parte de uma geração que, desde 2015, colocou a equipe como uma das principais do mundo, com presença entre os quatro melhores de grandes torneios, como Campeonato Mundial, Jogos Olímpicos, Copa do Mundo, Liga das Nações, Grand Prix, Campeonato Europeu e Jogos Europeus em 15 oportunidades, com 12 medalhas.
Confira as 14 jogadoras do Brasil:
Levantadoras: Macris e Roberta
Opostas: Kisy e Lorenne
Centrais: Carol, Carol Gattaz, Julia Kudiess e Lorena
Ponteiras: Gabi, Rosamaria, Pri Daroit e Tainara
Líberos: Nyeme e Natinha
Confira as 14 jogadoras da Sérvia:
Levantadoras: Bojana Drca e Sladjana Mirkovic
Opostas: Ana Bjelica, Tijana Boskovic e Sara Lozo
Centrais: Mina Popovic, Maja Aleksic e Jovana Stevanovic
Ponteiras: Bianka Busa, Katarina Lazovic, Brankica Mihjalovic e Bojana Milenkovic
Líberos: Teodora Pusic e Aleksandra Jegdic