A Corregedoria-geral da Brigada Militar junto com o Ministério Público começou a colher depoimentos das testemunhas do Caso Rai Duarte — torcedor do Brasil-Pel agredido após o jogo contra o São José, em 1º de maio, e que está internado em estado grave. Em Pelotas, 10 pessoas foram ouvidas nesta quarta-feira (18) e outras cinco serão interrogadas na quinta-feira.
Conforme o corregedor-geral da Brigada Militar Vladimir Luís Silva da Rosa, que lidera o processo, o trabalho foi "tranquilo" e o processo de inquérito permanece em andamento, porém não pode dar mais detalhes. Por outro lado, o advogado das testemunhas, Rafael Martinelli, saiu otimista de que os responsáveis serão responsabilizados.
— Temos o sentimento de que está se desenhando a apuração correta, sendo possível identificar a conduta de alguns policiais, com comprovação do depoimentos das testemunhas através das provas que estão sendo colhidas — disse o advogado.
Houve confronto entre as duas torcidas após a partida. Doze torcedores do Brasil-Pel foram detidos — entre eles Rai Duarte. Uma hora depois, o servidor público de 33 anos foi encaminhado ao hospital pelos policiais com lesões no intestino. As circunstâncias para esse fato são apuradas no inquérito. Familiares e testemunhas acusam excesso de violência por parte dos policiais que atuaram na partida. A partir do momento do início da investigação, os PMs envolvidos na partida entre São José e Brasil foram afastados da força-tática e deslocados para outras funções.
Rai Duarte está internado na UTI do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, há 17 dias e já realizou quatro cirurgias. Seu estado ainda é grave. Ele foi hospitalizado por conta de uma lesão no intestino.