Engajado com temas sociais, Richarlison publicou, nesta quinta-feira (4), uma carta aos fãs na plataforma "The Players Tribune". No conteúdo do texto, o atacante da Seleção Brasileira faz um apelo pela vacinação em massa contra a covid-19.
— Por favor, não deixe de tomar sua vacina. Não tenho dúvidas de que a vacina é confiável. Muita gente deu duro para termos essa chance. Os cientistas e médicos arriscaram suas vidas, abriram mão até de conviver com suas famílias para tentar uma solução. Eles são verdadeiros heróis e merecem ser valorizados pelo que fizeram. Não fosse o empenho deles em buscar a cura, a gente estaria numa situação ainda mais caótica — complementou o jogador do Everton:
— Não tenho dúvida de que a vacina é confiável. Mas vejo que ainda tem gente com pé atrás, até mesmo alguns atletas. Uma pessoa que não se vacina pode afetar o grupo de jogadores e o clube no geral. E isso vale para qualquer área ou profissão.
O "Pombo" ainda apontou dados referentes à queda percentual de mortes com o avanço da vacinação.
— Por ter me aproximado do universo da ciência, eu consigo notar claramente o quanto a vacina tem nos dado esperança. Os números comprovam. No Brasil, as mortes pela doença caíram mais de 90% depois que a vacinação avançou — afirmou.
Richarlison cita os impactos da pandemia nas vidas da pessoas e a morte de Tião Borboleta, seu primeiro treinador em sua cidade natal, Nova Venécia, no Espírito Santo.
— Fiquei muito triste quando soube da sua morte. Ele já era um senhor... Não resistiu à doença — lembra:
— A vacina é sua, um direito seu. Não desperdice essa oportunidade. Além de se proteger, você vai ajudar a proteger quem você ama, sua família, seus amigos e todo mundo à sua volta. Faça isso pelos cientistas e profissionais da saúde. Por todos que não tiveram a mesma chance. Pelas mais de 600 mil vítimas da pandemia no Brasil — e as mais de 5 milhões em todo o mundo. Faça isso em nome do meu professor, o Tião Borboleta. Vamos confiar na ciência.
Richarlison ainda fala sobre acolher aqueles que ainda não foram se vacinar por que "realmente tem dúvidas e precisam de mais tempo para decidir" e por serem "influenciadas por informações falsas e teorias da conspiração". Na carta, Richarlison repudia a influência política contra a vacinação e defende a obrigatoriedade do passaporte de vacinação diante de uma perspectiva coletiva, e não individual.