
Após vencer o Equador no Beira-Rio, nesta sexta-feira (4), a Seleção Brasileira voltou em silêncio ao hotel onde está concentrada, no Bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Não houve manifestação de jogadores ou da comissão técnica depois da entrevista de Casemiro, na saída de campo, e da coletiva de Tite.
Gritos de torcedores e pedidos por vídeos marcaram a chegada. Pelo menos, não houve cenas como as de quinta-feira (3), quando dois torcedores derrubaram Neymar na entrada: a segurança foi reforçada pelos funcionários do hotel. Duas fileiras de gradis afastavam o corredor dos jogadores do espaço reservado para a torcida.
Cerca de 50 pessoas esperaram até 1h25min da manhã de sábado (5) pelos atletas. Neymar, Casemiro e Alisson foram os mais ovacionados. Richarilison, autor do primeiro gol da noite, chegou a desacelerar o passo enquanto acenava para os torcedores, mas seguiu seu trajeto rumo ao saguão do hotel.
A entrevista do capitão Casemiro na saída de campo deixou claro que a ideia de não jogar a Copa América foi tomada pelos jogadores — e abraçada pelos membros da comissão técnica.
Alheio às tensões políticas da CBF, o menino João Cabral, 11 anos, veio com os pais Davi e Marília para tentar completar a coleção de autógrafos. Em 2019, Taffarel e Alisson assinaram o boné, Tite, Everton e outros marcaram o nome na camiseta.
— Falta só o do Neymar, trouxemos até um presente para ele — comentou a mãe, ao lado do menino.
O guri joga como zagueiro na escolinha do Novo Hamburgo e tem jogo na manhã deste sábado. Com cabelo cortado e descolorido como o de Neymar no começo da carreira, João foi embora já pensando no próximo adversário — e na próxima tentativa de encontrar o ídolo.