
Acusados de portar documentos adulterados, Ronaldinho e Assis prestaram depoimento na manhã desta quinta-feira (5) na sede do Ministério Público, em Assunção, no Paraguai. Os irmãos não atenderam à imprensa local.
— Ele (Ronaldinho) está chocado e ainda não entendeu o que aconteceu — disse Adolfo Marín, advogado contratado por ambos, em entrevista ao jornal ABC Color.
De acordo com Marín, o ex-jogador foi vítima do empresário Wilmondes Sousa Lira, que teria sido o responsável pela confecção dos passaportes e das carteiras de identidade.
— Ele não tinha a necessidade de fazer isso. Podia entrar sem nenhum problema com seu passaporte e carteira de identidade brasileiros. Não é um perito em documentos. Acreditou que lhe entregavam esses documentos de cortesia, em forma de honraria — justificou o advogado.
Em depoimento, os dois alegaram que estavam no Paraguai a convite do dono de um cassino, que seria inaugurado na cidade de Lambaré, nos arredores da Capital, não tendo envolvimento com investimentos no local.
— Ele só iria colocar a sua cara — explicou Marín — Ele tinha contrato de imagem assinado com um cassino. É isso o que sei. Se decidiu investir ou não, não sei — declarou.
A Promotoria anunciou que seguirá as investigações. Segundo o advogado, tanto Ronaldinho como Assis seguem à disposição da Justiça para "contar o que sabem".
— O Ministério Público pode tomar a decisão de indiciá-lo, pode levantar ou não a ordem de detenção. E se não acontecer, colocá-lo à disposição do juiz, que tomará a decisão eventual — concluiu Marín.