
O presidente da Direção Nacional de Aeronáutica Civil Nacional do Paraguai (Dinac), Édgar Malgarejo, afirmou à imprensa local que Ronaldinho e o irmão Assis têm passagens para voo de retorno ao Brasil reservadas para este domingo (8), às 17h5min. A viagem foi transferida do horário que estava inicialmente marcada, nesta sexta-feira. O ex-jogador e seu empresário seguem sendo investigados pela Justiça paraguaia, porém podem deixar o país. As informações são do portal ABC Color.
O jornal ainda noticia que o hotel onde estavam hospedados, o Yacht Club y Golf Paraguayo, também não registra mais reservas para os irmãos. Há um voo entre Assunção e São Paulo às 3h20min da manhã do sábado, e essa seria o jeito mais rápido de eles voltarem ao Brasil.
Em contato com GaúchaZH, o advogado brasileiro deles, Sérgio Queiroz, já conversou com seus clientes após o julgamento desta sexta, mas se limitou a comentar a decisão judicial e disse achar pouco provável que eles deixem o Paraguai neste final de semana.
— A decisão do juiz concorda com a presunção da inocência do Ministério Público. Se ele entendesse que havia algum risco, não o liberaria, ainda mais sem fiança nem nenhuma restrição — opinou Queiroz.
Ronaldinho e Assis foram detidos na noite da quarta-feira com passaportes e cédulas de identidade paraguaias falsos. O depoimento deles, aceito pelo Ministério Público, afirma que ambos foram vítimas de um esquema de falsificação de documentos que também dava andamento a um processo de naturalizá-los cidadãos paraguaios — o qual os irmãos também desconheceriam.
O juiz de primeira instância Mirko Valinotti negou, na tarde desta sexta, o parecer dos promotores Federico Delfino e Alicia Sapriza que sustentava que os irmãos Assis deveriam ser retirados da investigação.