O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, anunciou nesta segunda-feira (18) o cancelamento do contrato de concessão do Maracanã. Segundo o governador, a concessionária, administrada pela Odebrecht, deixará a gestão do estádio em 30 dias. O Maracanã voltará a ser comandado pela Suderj (Superintendência de Esportes do Estado do Rio de Janeiro), órgão subordinado a Witzel.
A decisão pelo cancelamento acontece 20 dias depois de a Assembleia Legislativa (Alerj) aprovar a criação de uma comissão especial para investigar o contrato.
Em nota, a concessionária disse que foi surpreendida "pela informação divulgada pela imprensa". "A empresa informa que não teve acesso a nenhum ato oficial do governo do Estado do Rio de Janeiro e se manifestará oportunamente", completou.
Flamengo e Fluminense, que têm contrato com a concessionária, apoiaram a decisão do governo. O estádio permanecerá aberto para jogos e visitação durante o período de transição. A Seleção Brasileira fará um amistoso no Maracanã em junho. A final da Copa América será realizada no estádio no mês seguinte.
O Maracanã foi o estádio com mais partidas no Brasil em 2018 — 57 no total, sendo que seis delas estão entre os 10 maiores públicos do país no ano. O local é administrado pela Odebrecht desde 2013 após uma bilionária reforma, que custou R$ 1,2 bilhão ao governo de Sérgio Cabral.