Os irmãos Assis Moreira entregaram seus passaportes à Justiça gaúcha. A decisão judicial foi cumprida por Ronaldinho e Assis na semana que passou, mais de um mês depois de ser proferida pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS). No domingo (9), Ronaldinho participou de jogo de futsal festivo com craques e ex-craques de futebol no ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, e deixou o local sem falar com a imprensa. Conforme as redes sociais do jogador, ele esteve no último mês nos Emirados Árabes, na Costa do Marfim, na Alemanha, no Marrocos e no Quênia.
O processo
Em 2015, os irmãos Assis e a empresa Reno Construções e Incorporações foram condenados em processo por dano ambiental. Como os ex-jogadores não foram localizados, foram intimados por edital em 2017. O valor das multas e da indenização chega a R$ 8,5 milhões.
Segundo o desembargador Newton Fabrício, os réus foram omissos durante o processo e sempre se recusaram a receber intimações. O magistrado ainda citou que só foi possível intimar Roberto Assis quando um oficial de justiça foi até a Assembleia Legislativa durante depoimento do empresário na CPI do Instituto Ronaldinho. O ex-jogador foi intimado por meio de carta precatória enquanto treinava no CT do Atlético-MG.
"Apesar de fotografados rotineiramente em diferentes lugares do mundo, corroborando o trânsito internacional intenso mediante a juntada de Certidões de Movimentos Migratórios, os recorrentes, curiosamente, em seu país de origem, possuem paradeiro incerto e/ou não sabido", afirmou o desembargador na decisão.
Além da apreensão, Newton Fabrício proibiu a emissão de novos documentos até o pagamento da multa ambiental.
