Campeão do The Ultimate Fighter Brasil em 2012, Cezar Ferreira quer mostrar ao Brasil que ainda pode estar no topo da categoria dos médios. Com oito vitórias e quatro derrotas no UFC, Mutante tenta encaixar a segunda vitória seguida ao enfrentar neste sábado (12), no UFC 224, o invicto Karl Roberson.
Ferreira é natural de Ibitinga, no interior paulista, mas tem treinado na Flórida, nos Estados Unidos. Aos 33 anos, venceu quatro das últimas cinco lutas — inclusive a última, quando derrotou Nate Marquardt por decisão dividida em novembro.
Antes de fechar o card preliminar no sábado, o lutador conversou com o GaúchaZH e, além de projetar o duelo, falou sobre a fase na carreira e o momento do MMA brasileiro. Confira:
Você pega um adversário invicto na carreira. Isso traz alguma dificuldade extra?
Não, não muda nada para mim. Sei que ele é um cara duro, bem perigoso, tem um bom cartel até o momento, mas que estou pronto para superar no sábado. Trabalhei duro para isso.
Depois de fazer duas lutas na América do Norte, como é voltar a lutar no Brasil?
É sempre especial lutar no Brasil, ainda mais no Rio de Janeiro e em um card grandioso como é o do UFC 224. Teremos muitas atrações para os fãs, e fazer parte disso me deixa muito feliz. Quero a vitória para coroar minha boa fase e presentear os fãs com uma grane luta.
O que você espera da luta entre Belfort e Lyoto? E da Amanda na luta principal?
Será bem especial assistir de pertinho à despedida do Vitor, que é um grande amigo e por quem tenho uma grande admiração. Estarei na torcida por ele, claro, e espero que ele consiga uma grande vitória para se despedir como merece. Estarei na torcida pela Amanda também, torcendo para o Brasil vencer e a festa ser grande no sábado.
Você já tem 33 anos. O que planeja na carreira daqui pra frente?
Penso em lutar mais e mais. Me sinto muito bem, treinando forte, lutando em alto nível, e isso é o que importa. Essa experiência que adquiri ao longo dos anos tem sido boa para mim, consigo administrar melhor as coisas. Quanto mais sabedoria tivermos, melhor em tudo.
Por que você desistiu da passagem pelos meio-médios?
Foi uma experiência, mas me sinto melhor competindo entre os médios.
Como você enxerga o momento brasileiro no MMA, sem campeões nas categorias masculinas?
Logo logo teremos campeões novamente, não tenho dúvida disso. Temos grandes lutadores beirando disputas por cinturão, mas é muito legal ver a mulherada ganhar o espaço dela também. Temos duas campeãs brasileiras, e acredito que podemos ter ainda mais. As conquistas delas animam ainda mais a gente para chegar até o título também.
UFC 224, 12/5
Card principal
Amanda Nunes x Raquel Pennington (título dos galos femininos)
Ronaldo Jacaré x Kelvin Gastelum (médios)
Mackenzie Dern x Amanda Cooper (palhas femininos)
John Lineker x Brian Kelleher (galos)
Vitor Belfort x Lyoto Machida (médios)
Card preliminar
Cezar Mutante x Karl Roberson (médios)
Oleksiy Oliynyk x Júnior Albini (pesados)
Davi Ramos x Nick Hein (leves)
Elizeu dos Santos x Sean Strickland (meio-médios)
Warlley Alves x Sultan Aliev (meio-médios)
Thales Leites x Jack Hermansson (médios)
Alberto Mina x Ramazan Emeev (meio-médios)
Markus Perez x James Bochnovic (médios)