A base da Seleção Brasileira está pronta para a Copa da Rússia. Foi que deixou a entender o técnico Tite durante a entrevista coletiva após a vitória de 3 a 0 contra o Chile, ontem, em São Paulo, jogo que marcou o encerramento da equipe nas Eliminatórias.
Questionado se ainda haverá maiores experiências nos amistosos que antecederão o Mundial, ele disse que sua ideia é manter a estrutura até aqui utilizada.
Satisfeito com o rendimento de sua equipe, citou a influência de treinadores como Telê Santana e o gaúcho Ênio Andrade:
— Se vai ganhar ou não (a Copa), não sei, mas o desempenho resgata aquilo que penso do futebol Dá para ter bom desempenho, jogar bonito e ganhar. Não são coisas conflitantes.
— Eu tenho um dilema. Ou fortalecer (a equipe) em grandes jogos ou ficar testando em demasia. Como são poucos jogos, a opção é pelo fortalecimento e acompanhamento dos treinos de outros atletas em seus clubes ou acopanhando jogos— adiantou o treinador.
Tite esquivou-se de responder se o Brasil, a partir da exitosa campanha nas Eliminatórias, se credencia como uma das seleções favoritas para ganhar a Copa da Rússia:
— Eu não tenho a competência de projetar o que virá pela frente. Tenho que fazer a seleção crescer nos jogos e treinamentos. Não sei qual o limite dela. Mas, a cada jogo, ela vai se mostrando.
Tite também comentou o episódio verificado no final do primeiro tempo, que resultou em cartão amarelo para Neymar e no princípio de tumulto entre o atacante e o volante Aránguiz. O técnico disse ter ouvido o zagueiro chileno Medel ofender a mãe de Neymar. Revelou até mesmo ter chamado a a tenção do defensor adversário. Ainda assim, recomendou a Neymar que não levasse o conflito para o segundo tempo.
— A mãe dele e a minha não merecem. Mas temos que saber absorver estas situações — disse.
Ao falar sobre a classificação da Argentina, Tite disse que ela fez por merecer e destacou o talento de Messi.
— Grande novidade falar no talento do Messi, né?— brincou o treinador.