Após a controvérsia dos comissários em Austin, o pai de Max Verstappen, Jos, escreveu em seu Twitter que a FIA deveria se chamar “Assistência Internacional à Ferrari”.
Quando perguntado sobre essa acusação, Bernie Ecclestone (ex-presidente e CEO da Formula One Management e da Formula One Administration), admitiu:
- Ajudar a Ferrari sempre foi a coisa mais inteligente a se fazer. Sempre foi feito através dos regulamentos técnicos. As equipes são importantes para a F-1, mas a Ferrari é mais do que isso. Muitas coisas foram feitas ao longo dos anos que ajudaram a Ferrari a vencer.
Perguntado se o atual diretor de corridas da F1, Charlie Whiting, ainda pode ser tendencioso, Ecclestone declarou:
- Não, Charlie sempre fez o que ele tem que fazer. Mas Max (Mosley) sempre ajudou a Ferrari, e eu também queria que eles ganhassem. Pode haver uma temporada vencida por outras, mas mesmo as outras equipes têm interesse em desafiar uma Ferrari competitiva. Uma coisa é ganhar da Sauber, e outra vencer um carro vermelho.
Perguntado se a Ferrari teve ajuda para de repente ser tão competitiva em 2017, Ecclestone disse que, porque ele não está mais no comando, ele não pode ter certeza.
- Mas, certamente, em algum momento, eles ajudaram com este motor. É o mesmo para a Mercedes e para as outras – uma vitória no campeonato mundial contra a Ferrari sempre vale mais. Se a Mercedes decidiu transferir tecnologia para Maranello, eu disse que foi uma boa jogada. O que é certo é que esta situação amistosa entre as duas equipes é a melhor coisa para a Mercedes. Isso significa que a Red Bull não tinha os motores mais poderosos e a Ferrari era competitiva o suficiente para ser um rival com chances de vencer - acrescentou Ecclestone.
A Mercedes dominou totalmente a F1 em toda a era da “unidade de potência V6”, e Ecclestone destacou que é porque a equipe alemã teve uma vantagem com o seu design turbo V6.
- No momento crucial, Ross Brawn estava no grupo do motor decidindo as regras e sabia exatamente o que estava acontecendo. Não porque ele era um bom engenheiro, mas porque estava com a Ferrari. Então ele foi a Mercedes e pegou essa informação com ele - prosseguiu Ecclestone, que não gostou das apresentações de pilotos ao estilo Indy 500 organizadas há uma semana pelos novos proprietários da F1, a Liberty Media, para Austin.
E, ao final, disparou:
- Talvez tenha sido ótimo para os americanos, mas não para a F1. Eu construí um restaurante de cinco estrelas e eles estão transformando em McDonald’s. Em um ponto eu vi pilotos vestidos de rosa. Se eu tivesse alguma coisa a ver com isso, eu teria dito a eles para voltarem e se vestirem adequadamente.