Roger Federer, número cinco do mundo e heptacampeão de Wimbledon, foi um dos oito jogadores na primeira rodada que avançaram sem que os rivais completassem a partida. Ele derrotava o ucraiano Aleksandr Dolgopolov, 84º, por 6/3 e 3/0 quando o rival abandonou.
A ATP recentemente adotou a regra de que o jogador garantido na chave recebe o prêmio de primeira rodada se deixar que o lucky-loser, em condições, entre em seu lugar. Mas, nos Grand Slams, ele não tem esse direito. Em Wimbledon, só nos dois primeiros dias, além de Dolgopolov, Nick Kyrgios, Martin Klizan, Denis Istomin, Janko Tipsarevic, Feliciano Lopez, Anastasia Potapova e Viktor Troicki desistiram no meio dos jogos.
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– Um jogador não deveria entrar em quadra se souber que está lesionado e que não poderá completar. A pergunta é, ele sabe que poderá acabar? Se a resposta é sim, vai pra quadra. Se for não, deveria deixar para outro jogar. A ATP ajustou a regra, e talvez os Grand Slams deveriam olhar para fazer também e ficar mais fácil para todo mundo – disse o suíço.
– Há pessoas que são daqui, mas outros que vêm de outros países e gastaram muito dinheiro para ver um bom tênis – completou.
A premiação da primeira rodada é de 35 mil libras (R$ 148 mil).
Novak Djokovic corroborou a opinião de Federer. O sérvio passou por Martin Klizan, que abandonou enquanto perdia por 6/4 e 2/0.
– Foi muito raro que ocorresse isso nos dois jogos. Roger e eu até brincamos no vestiário sobre ir pra Central e jogar um set de treino, mas colocaram uma outra partida para completar depois. Você, indo para a quadra, tem uma responsabilidade. Estou seguro que eles tentaram o melhor, mas é como é – opinou.
Os Grand Slams são supervisionados pela ITF, a Federação Internacional de Tênis.