Um dia de muitos encontros, muita fala e pouca solução. As mais de duas horas de reuniões entre representantes do poder público e contemplados do Fiesporte, durante toda a segunda-feira, não reduziu a angústia de quem aguarda pela liberação da verba referente ao fundo municipal de apoio ao esporte.
Os secretários da administração de Daniel Guerra mantêm o posicionamento de só iniciar os repasses dos valores após solução do caso Magnabosco, o que não tem prazo para acontecer.
Explicações dos secretários
A primeira reunião do dia ocorreu pela manhã, no auditório do Sindiserv. Os cerca de 50 representantes de associações e entidades que foram aprovados no Fiesporte ouviram por mais de uma hora as explicações do Secretário de Gestão e Finanças, José Alfredo Duarte Filho, e da Secretária Municipal do Esporte e Lazer, Márcia Rohr da Cruz, sobre a demora do repasse.
Duarte Filho reafirmou o posicionamento de só fazer os pagamentos após a homologação pelo Controle Interno (CI) da Prefeitura. Para o secretário, o que não foi feito nas gestões passadas acaba dificultando a execução neste ano:
– Não podemos aceitar que ainda tenham atrasos de 2014 e 2015. É inadmissível liberar recursos públicos sem que a prestação de contas dos anos anteriores tenham sido feitas. Há uma lei dizendo que tem que liberar dinheiro para o Fiesporte. Mas há outra dizendo que não podemos liberar nada sem as contas serem auditadas.
A informação passada aos contemplados é que, dos 103 projetos aprovados, 70 estão com a prestações de contas com o aval do órgão municipal. Entretanto, segundo os secretários, a determinação segue de não liberar os valores até a definição do caso Magnabosco, que bloqueou R$ 69 milhões dos cofres municipais.
Conta não fecha
O ponto principal para que a verba ainda não tenha sido liberada foi contestada no segundo encontro do dia. Durante a tarde, os representantes das entidades se reuniram com o vice-prefeito, Ricardo Fabris, e os vereadores Gladis Frizzo e Paulo Périco, do PMDB.
– Foi atribuída toda a culpa ao precatório Magnabosco. “Se não for liberado esse valor, vai parar Caxias”. Não acreditem nisso – falou o vice-prefeito Fabris aos presentes em seu gabinete.
No encontro da manhã, não foi estabelecido um prazo mínimo para que, mesmo depois da liberação das contas públicas, o repasse seja feito. A Secretária Márcia Rohr Cruz é aguardada nos próximos dias na Câmara de Vereadores para mais esclarecimentos sobre o Fiesporte.
Fiesporte
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Marcelo Rocha
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