As autoridades uruguaias investigam se o menino Felipe Romero, de 10 anos, encontrado morto nesta segunda-feira, foi sedado por tranquilizantes antes de ser vítima de um tiro na cabeça. Em paralelo com a apuração das circunstâncias do crime, há a investigação sobre a relação da criança com o técnico Fernando Sierra, cujo corpo foi encontrado ao lado do de Felipe. A suspeita é de que Sierra teria matado Felipe antes de cometer suicídio.
Felipe conheceu Sierra ao passar pelo Club Defensor de Maldonado, em que Sierra era o treinador. A relação se estreitou, e familiares do menino relatam que os dois se tratavam como pai e filho. Recentemente, porém, a mãe de Felipe foi orientada pela psicóloga do menino a não permitir que ele ficasse sozinho com Sierra, já que teria notado comportamento estranho da criança. Ao ser comunicado pela mãe da orientação da psicóloga, Sierra teria respondido: "Se não posso mais ver o Felipe, eu me mato".
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De acordo com o site da BBC Brasil, a juíza Adriana Morosini, responsável pelo caso, afirmou em entrevista ao Canal 13 que há indícios de que Felipe sofria abusos. Não se sabe, ainda, se Sierra foi o autor do crime:
– O abuso teria ocorrido não ontem ou anteontem, mas há algum tempo. Mas não posso determinar hoje com as provas que tenho que Fernando Sierra é o responsável. Para isso serão necessários os resultados de mais análises das amostras que foram enviadas ao Instituto Técnico Forense.
As investigações também buscam elucidar se Felipe foi sedado antes de ser morto. De acordo com o jornal El Pais, três caixas de tranquilizantes foram encontradas no local do crime. Duas delas estavam cheias, mas na outra faltavam sete comprimidos.
* ZH Esportes