Aos 56 anos, o gaúcho Renan Dal Zotto tem a responsabilidade de assumir a seleção brasileira de vôlei e substituir Bernardinho no cargo. Na manhã desta quinta-feira, o treinador falou sobre seus objetivos e desafios em entrevista ao Timeline, da Rádio Gaúcha. Para ele, o fato de não ser treinador desde 2008 não é um impeditivo para ter sucesso na seleção.
– Me fizeram esta pergunta, e eu mesmo me fiz esta pergunta quando o presidente me chamou. Mas me sinto confortável porque nos últimos três anos estive viajando, junto nos treinos. Não estava na beira da quadra nos jogos, mas acompanhava o dia a dia de treinos e jogos. Estou bem atualizado. Sem dúvida vou ter que acelerar este processo de readaptação, mas isso se resgata rapidamente. É um bom momento para isso, já que estamos começando um novo ciclo olímpico.
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Dal Zotto foi medalhista de prata como jogador na Olimpíada de 1984, em Los Angeles. Para ele, o desenvolvimento do vôlei brasileiro nos últimos 30 anos passou por uma profissionalização em todas as áreas.
– Desde a década de 80, quando começou o boom, alguns fatores foram importantes. Não existe fórmula mágica, mas houve alguns alicerces. O planejamento foi fundamental, planejar de forma correta e criteriosa. A capacitação técnica de todos os profissionais em todas as áreas, mental, estatística, física, da medicina esportiva. E o trabalho de formação pelos clubes é fantástico em todo o Brasil. Acredito que todos os componentes e a infraestrutura que a CBV oferece, são todos ingredientes que favorecem um crescimento contínuo – acrescentou.
Dal Zotto comandará a seleção brasileira no ciclo olímpico que culminará na Olimpíada de Tóquio, em 2020. Nos últimos anos, ele havia trabalho como gestor de seleções da CBV.