O suíço Joseph Blatter foi suspenso por seis anos de qualquer atividade relacionada ao futebol. Mesmo assim, em entrevista ao jornal francês Le Monde, afirmo que não tem medo de "acabar meus dias na prisão". O ex-dirigente negou as acusações de corrupção que o levaram a perder o cargo na entidade máxima do futebol.
– Nunca cobrei dinheiro indevidamente – afirmou.
Blatter disse que são falsas as informações de advogados americanos da Fifa em que as acusações se baseiam. Por isso, ele não descarta pedir ao Congresso da organização, que tem 211 países, para ter a suspensão "trocada, dimunuída ou extinta". O ex-presidente disse que seu principal erro no cargo foi confiar demais nas pessoas.
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– Como poderia saber antes da corrupção? Minha direção se baseava na fé e na confiança. Essa é minha educação. Fui exageradamente indulgente.
Críticas a Infantino
Joseph Blatter não poupou críticas ao seu substituto, Gianni Infantino. O suíço contestou a ideia do sucessor em expandir a Copa do Mundo de 32 para 48 seleções.
– Por que não colocar 128 equipes? Se você promete às federações que haverá mais equipes, pedem mais. O formato atual com 32 equipes é a melhor fórmula e tem demonstrado isto – completou.
Apesar das críticas a Infantino, Blatter foi um dos responsáveis pela última expansão da Copa do Mundo. Ele assumiu a presidência da entidade em junho de 1998, exatamente na época da Copa da França, a primeira com 32 seleções – até 1994, o Mundial reunia 24 países. Quando a decisão da expansão foi tomada, Blatter era secretário-geral da entidade.