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Em 2014, após o fiasco dos 7 a 1 do Brasil de Felipão para a Alemanha na Copa do Mundo, a família Bachi estava confiante: Tite seria o técnico da Seleção. Era unanimidade nacional, mas a CBF preferiu dar nova oportunidade a Dunga. Dois anos depois da expectativa frustrada, a mãe de Tite finalmente comemora a ida do filho para a Seleção Brasileira.
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Aos 80 anos, Dona Ivone Mazzochi Bachi acompanhou de Caxias do Sul as notícias mais importantes sobre a carreira do filho no futebol até então. Lembrou da trajetória que começou em São Bráz, dos tempos de dificuldade da família de agricultores e se emocionou com o convite da CBF.
– O Tite está realizando o sonho do pai dele. O Ade se segurava bastante, mas se notava que era o sonho dele também em treinar a Seleção Brasileira – confessa a mãe, emocionada.
O pai Genor Bachi morreu em 2009, aos 74 anos, quando Tite era o técnico do Inter. Foi o maior incentivador da carreira do filho. Era ele quem colocava o pequeno meia Adenor a jogar no tradicional time amador do Juvenil, de São Bráz, localidade de Caxias. A partir daí, o garoto virou Tite por intermédio do então zagueiro e técnico de time colegial Luiz Felipe Scolari, que o descobriu na final municipal escolar de 1977.
Felipão havia sido informado sobre Tite, o bom camisa 8 do time adversário, mas se encantou com o 10, o filho de Dona Ivone. No final do jogo, chamou Adenor de Tite e a história no futebol do caxiense que hoje assume a Seleção Brasileira começou.
Tite jogou em clubes como Caxias, Portuguesa, Guarani, de Campinas, Esportivo, de Bento Gonçalves, e Guarany, de Garibaldi. Inteligente, estudioso e dedicado, virou técnico de forma natural, sempre ouvindo os conselhos do pai. A família já vestiu camisas de diversos times e se emocionou com as conquistas de Veranópolis, Caxias, Grêmio, Inter e Corinthians.
– Já torci para todos esses times, e a gente sofre bastante porque torcemos para que dê tudo certo. Agora, na Seleção, a responsabilidade vai ser bem maior e a torcida também. Ele é um filho abençoado, vai fazer um bom trabalho, tenho certeza disso – diz Dona Ivone.
Religiosa, a mãe mantém um pequeno santuário na residência em Ana Rech. O local é estratégico para manter as imagens santas: perto da televisão, de onde se acostumou a assistir às conquistas do filho no mundo da bola. A camisa da Seleção será abençoada como todas as outras e será, a partir de agora, a vestimenta oficial dos Bachi.
Orgulho caxiense
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Adão Júnior
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