
O atacante Mailson passou três meses longe de uma partida oficial. Período rápido de recuperação, até pela expectativa do departamento médico, que era no mínimo de 90 dias. A tendência que ele retornasse apenas na quinta rodada do primeiro turno da Série C. Porém, a volta no último jogo, na goleada por 5 a 0 sobre o Guaratinguetá, é motivo de comemoração.
– Voltei mais fortalecido. Nós que sonhamos e que almejamos voos mais altos, temos que passar por essas situações. Infelizmente, eu fui premiado, mas estamos sujeitos a isso. É o futebol. Agora é focar e voltar mais forte ainda – afirma Mailson.
Da joelhada que recebeu do goleiro Alisson, então no Inter, no dia 28 de fevereiro, não há recordações. Apenas os vídeos daquele jogo do Campeonato Gaúcho. Mailson só lembra do dia seguinte, já no hospital, quando recuperou a memória. Mas ainda sem entender o que havia ocorrido. A pancada foi tão forte que fraturou o nariz, o maxilar, em dois locais, e a mandíbula do jogador. Não menos complicada foi a reabilitação.
– Eu passei 30 dias com alimentação por líquidos, por canudinho. Foi um momento bem complicado, mas minha família estava aqui, meus amigos também. Todos me apoiando, me dando força e eu pude superar este momento – lembra.
Atacante rápido e driblador, Mailson estava acostumado a receber contato físico. Mas, na atual fase, evita algumas disputas nos treinamentos, com receio. O medo de cabecear a bola já passou. As dores também. Tanto que está há 15 dias trabalhando sem sentir desconforto no rosto. Se nos treinos vinha correndo tudo dentro da normalidade, o mesmo não ocorreu no jogo de domingo, contra o Guaratinguetá.
– As minhas características são de ir para cima, incomodar o zagueiro e acabou acontecendo de eu tomar uma porrada no rosto. Na hora fiquei com medo. O rapaz deixou o braço, eu pensei que tinha cortado, mas perguntei ao Wallacer e ele disse que não estava sangrando. Depois do jogo botei o gelo e está tudo certo – relata Mailson.
O atacante retornou em um bom momento. O Juventude goleou fora de casa e se recuperou no campeonato após o empate com o Ypiranga na estreia. Agora, ele quer retomar a titularidade que tinha no início do ano.
– Vai depender do treinador. Eu não vou falar que não. Jogador sempre quer ajudar o grupo. O time está bem e o que ele (Zago) optar, para jogar ou entrar no segundo tempo, tenho que dar o melhor – finaliza.