Formado na base do Grêmio, Carlos Eduardo busca a retomada da carreira no frio da Rússia. Vinculado ao Rubin Kazan, onde tem contrato até dezembro de 2016, o meia está recuperado das lesões que o atormentaram em sua passagem pelo Flamengo, que se encerrou no ano passado.
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Em entrevista a ZH, o jogador fala sobre a vida na Europa, sua trajetória no Rio de Janeiro, a campanha do Grêmio de Roger Machado e a possibilidade de voltar a atuar no Brasil.
Como está sua fase no Rubin Kazan?
Estou bem, apesar de o time não estar num bom momento no campeonato. Minha volta pra cá me motivou mais. Vou treinar todos os dias com a vontade que tinha no juvenil do Grêmio.
Em que posição você está jogando?
Jogo como meia, vindo de trás e carregando mais a bola. Mas com a obrigação de marcar também. Aqui ninguém tem o privilégio de jogar sem marcar. Estou me sentindo bem atuando assim.
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O que te atrapalhou no Flamengo?
Foi um aprendizado muito grande. Não cheguei em totais condições de jogo, vinha de uma contusão que me deixou fora por algum tempo. Acho que isso atrapalhou bastante. Tanto é que quando fui pegando ritmo de jogo, fui bem. Marquei um gol muito importante contra o Cruzeiro, no Mineirão, pela Copa do Brasil. Guardo com carinho esta passagem pelo Flamengo.
Como você avalia o Grêmio do Roger?
O Grêmio está bem, deu uma boa recuperada com o Roger. Não posso falar do estilo dele por não viver o dia a dia do clube. Por não estar no vestiário. Mas é nítida a evolução do Grêmio com a chegada dele. Mudou a cara, a pegada é outra. Ele recolocou o Grêmio no caminho de conquistas. Hoje os adversários têm medo de chegar na Arena e jogar contra o Grêmio.
Pretende retornar ao Brasil em breve?
Procuro não pensar nisso. Amo o meu país, adoro estar com a minha família. Mas hoje o meu trabalho está na Rússia. No futuro, quem sabe, eu volte. Mas deixo minha cabeça focada aqui.
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Pensa em voltar ao Grêmio no futuro?
Fui criado no Grêmio, tenho muitos amigos e um carinho especial pelo clube. Mas procuro não ficar criando expectativas. Se tiver que voltar um dia, será muito legal. Ficarei muito feliz.
Aceitaria reduzir salário para vir?
As pessoas sempre acham que se ganha mais na Europa. Os salários são maiores, mas os clubes grandes no Brasil também pagam bem. Tem time aqui que não paga como os grandes do Brasil.
Quais objetivos ainda busca na carreira?
Sei que ainda tenho muita coisa para fazer. Estou chegando numa idade boa, amadurecendo aos 28 anos. Quero conquistar mais títulos e desejo ainda voltar à Seleção Brasileira.
*ZHESPORTES
Entrevista
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Adriano de Carvalho
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