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Se ganhar o clássico é comemorar um campeonato à parte, a torcida do Avaí deixou o Scarpelli nesta noite com festa múltipla ao bater, por 1 a 0, o Figueirense em pleno Orlando Scarpelli.
Primeiro, porque ganha gordura na fuga do rebaixamento (ficar fora do Z-4 mesmo se o Coritiba vencer o Flamengo nesta quinta-feira); segundo, porque empurra o rival histórico para o Z-4; além disso, desempata os duelos entre ambos em 2015: agora tem duas vitórias (uma pela Copa do Brasil e esta do Brasileiro), dois empates (pelo Nacional e Estadual) e uma derrota (no jogo de volta da Copa do Brasil).
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O jogo valia como um termômetro para os técnicos. De um lado, René Simões tentando construir um Figueira mais técnico e mais tático, ao seu estilo, bastante diferente do antecessor Argel; de outro, Gilson Kleina precisando de moral para retomar um Avaí que, no início da competição, demonstrou condições de encarar com força a Série A.
René mandou a campo uma escalação sem surpresas, com dois atacantes e um meio-campo voltado para articulação ofensiva, mesmo com o campo pesado em virtude da chuva. Já Kleina, optou por um meio-campo mais de marcação, Rudnei completando os volantes, e com o meia Everton Silva completando o ataque, numa formação mais voltada ao congestionamento do setor de meio.
Primeiro tempo com muitas
chances e pouca pontaria
As primeiras ações do primeiro tempo confirmaram a fotografia das escalações: um Figueirense mais ofensivo e um Avaí com uma postura voltada à marcação e a tentativas de contra-ataque. E apesar da maior presença do Figueira em volume, os primeiros lances de perigo foram avaianos, aos 9 e 11 minutos minutos, ambos com Leo Gamalho, e os dois em contra-ataques rápidos.
A chuva e o vento não deram trégua antes da partida, com várias pancadas fortes ao longo da primeira etapa e complicando o toque de bola dos dois times, deixando o gramado mais pesado do que já estava antes do apito inicial. Neste cenário, a maior objetividade avaiana minou a confiança alvinegra. Com uma marcação mais encaixada, o Leão ainda teve outra oportunidade com o atuante Gamalho, num chute de fora da área aos 17 minutos. Celsinho e Clayton, do outro lado, nada produziram até então.
Aos 21 minutos, no primeiro bom momento de Clayton, o ataque foi parado por Nino Paraíba, que levou o cartão amarelo. Na sequência, momentos de pressão do Alvinegro e após tentativa de conclusão de Clayton, rolou a primeira discussão do clássico entre vários jogadores, que paralisou o confronto por alguns minutos.
O restante da etapa, já sem chuva e sem o vento, foi de maior domínio de posse de bola do Figueira, sem contudo, o domínio reverter em maiores chances de gol ao time da casa, com exceção de um arremate, de fora da área, e outro de dentro, ambos de Clayton, aos 37 e 39 minutos. E de quatro contra-ataques perigosos avaianos, um com Paraíba, um com Eduardo Neto e outros dois com Gamalho.
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Noves fora, houve equilíbrio na primeira etapa, sempre com o Figueira ditando um pouco mais o ritmo do jogo, porém com o Avaí mais objetivo e perigoso nas estocadas ofensivas. E com a arbitragem tendo atuação precisa e sem comprometer em nenhum momento dos primeiros 45 minutos.
Na segunda etapa, não mudou o vai e volta da chuva, mas o ritmo do duelo teve forte decréscimo. O primeiro lance de perigo favoreceu o Figueirense e teve muita polêmica: aos 6 minutos Clayton chegaria sozinho de frente para o gol, o goleiro Vágner saiu para intervir e atingiu primeiro o atacante do Figueira, depois a bola. O árbitro mandou o lance seguir.
Mudança de René foi ruim,
já Kleina acertou a mão
Antes dos 15 minutos, começou um festival de modificações nos dois times. A primeira movimentação do treinador René Simões: tirou o inoperante Elias e colocou Marcão, modificação aplaudida pelo torcedor. A resposta de Kleina, aos 18 minutos, foi a entrada de Tinga na vaga de Rudnei, que já apresentava sinais de cansaço.
E para ampliar o jogo de xadrez tático, René ainda colocou, aos 22 minutos, João Vitor na vaga de Iago, troca que surpreendeu o torcedor, já que Celsinho produzia bem menos. Na sequência de mudanças, dois minutos depois entrou Claudinei na vaga de Adriano. E René completou suas possibilidades ao retirar Sueliton e colocar França. O volante não jogava desde 18 de junho. A última substituição veio com a saída de Everton Silva para a entrada de Anderson Lopes no time azul.
Em que pese a tentativa dos treinadores em modificar o panorama de jogo, o segundo tempo, definitivamente, não reproduziu a intensidade da etapa inicial. O Figueirense continuou com a característica de domínio territorial sem objetividade, mas o Avaí, ao contrário do que fez nos 45 minutos iniciais, havia parado de agredir nos contra-ataques.
Até que, aos 34 minutos, uma das modificações de Kleina se mostrou fundamental. Num contra-ataque, Leo Gamalho fez cruzamento da ala direita, Anderson Lopes, que recém havia entrado tentou, a bola sobrou para Renan Oliveira concluir com esmero: Avaí 1 a 0.
Os deuses do futebol premiaram o time que sempre foi mais objetivo e que quando teve a chance, matou o jogo.
FICHA TÉCNICA
Figueirense 0
Alex Muralha; Sueliton (França), Thiago Heleno, Bruno Alves e Marquinhos Pedroso (A); Paulo Roberto, Fabinho, Yago (João Vitor) e Celsinho; Clayton e Elias (Marcão). Técnico: René Simões.
Avaí 1
Vagner; Nino Paraíba (A), Antonio Carlos, Emerson e Romário; Adriano (A) (Claudinei), Eduardo Neto, Rudnei (Tinga) e Renan Oliveira (A); Everton Silva (Anderson Lopes) e Léo Gamalho. Técnico: Gilson Kleina.
Arbitragem: Flavio Rodrigues de Souza (SP), auxiliado por Neuza Ines Back (SC) e Thiago Americano Labes (SC).
Gol: Renan Oliveira, aos 34 minutos do segundo tempo
Público: 10.121 torcedores
Renda: R$ 195.160,00.
Local: Orlando Scarpelli