Orlandinho Luz vive dias de astro na Europa. Após vencer o Trofeo Bonfliglio, em Milão, e coroar o posto de número um do mundo, o gaúcho de 17 anos chegou em Paris confiante na busca de seu primeiro título em Roland Garros.
O gaúcho de Carazinho já sentiu o gostinho de levantar o caneco de um Grand Slam em 2014. Orlando Luz, ao lado de Marcelo Zormann, conquistou o título de duplas em Wimbledon aos 16 anos. Porém, em 2015, no primeiro Grand Slam do ano, o Australian Open, Orlandinho decepcionou ao perder na primeira fase da competição e criticou o mau desempenho a falta de adaptação a raquete nova. Agora, em Paris, o número um do ranking juvenil é o grande favorito ao título.
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- Desisti de jogar o Astrid Bowl (Torneio Juvenil em Charleroi, na Bélgica) pra passar a semana me preparando. É uma grande mudança, muita responsabilidade, tem um pouco de pressão chegar como número 1 em Roland Garros mas estou muito feliz. Estou treinando bastante pra apresentar um bom tênis - afirmou em entrevista exclusiva à Zero Hora, direto de Paris.
Apesar da pressão, toda boa chegada ao topo do ranking tem seus benefícios. No seu primeiro dia em Paris, onde estreou neste final de semana, o tenista gaúcho treinou com um ídolo: Roger Federer.
- Foi demais essa experiência, espero conseguir ter mais dessas, aproveitei ao máximo. Foi um aquecimento, batemos por meia hora, ele aqueceu voleio, sacou, devolveu, ele é um cara diferenciado, muito sério, tem uma postura legal - lembrou.
Após decepcionar no ITF Finals, torneio que reúne os oito melhores tenistas juvenis do ano passado, e acabar em 4º lugar, Orlandinho alcançou um feito inédito na carreira ao conquistar sua primeira vitória em um torneio nível Challenger, em abril, no ATP de Santos. Para o jovem tenista, a confiança de boas vitórias é muito importante para que a transição para o profissional não seja tão difícil.
- Depois do ITF Masters eu tive uma boa campanha nos Challengers do Brasil, em Santos e São Paulo. Joguei com tenistas com ranking bem acima do meu e me senti bem pra jogar no nível deles. Foi uma experiência que me amadureceu, deu mais confiança - ressaltou.
Considerado por especialistas a grande promessa do tênis brasileiro, Orlandinho cumpriu mais um dilema: se tornar o número um do mundo no juvenil. Nem Gustavo Kuerten, melhor tenista brasileiro da atualidade, conseguiu tal feito. Guga chegou a ser número três do ranking juvenil antes de se profissionalizar.
- É uma sensação inexplicável, me faz querer continuar lutando, ver todo o trabalho que tivemos até aqui ser recompensado é incrível, estou muito feliz - comemorou.
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Grande promessa
Orlandinho agora é número um do mundo: "Uma sensação inexplicável"
Treino com Roger Federer e favorito ao título de Roland Garros, tenista brasileiro vive dias de estrela em Paris
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