Eleito pela quinta vez consecutiva presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter disse neste sábado que sofre perseguição da Inglaterra e dos Estados Unidos, e que não acha uma coincidência o fato do FBI ter detido sete dirigentes da entidade (entre eles o ex-presidente da CBF José Maria Marín) justamente na semana em que ocorreu a eleição para a presidência da Fifa.
Entenda os possíveis impactos do Fifagate no futebol brasileiro
Mais: compreenda os possíveis impactos do Fifagate na Copa do Mundo
- Ninguém vai me convencer que foi uma simples coincidência esse ataque americano dois dias antes da eleição na Fifa. Principalmente depois da reação da Uefa e do senhor Platini. Ninguém vai tirar isso de mim - disse Blatter em entrevista à emissora de TV suíça RTS.
Segundo o dirigente, tudo não passa de uma campanha para forçá-lo a sair da Fifa.
- Isso não cheira bem... Isso tocou em mim e na Fifa. Eles não tentaram só denegrir a minha imagem, mas também quiseram dizer que era "hora de ir". Eles não quiseram me matar politicamente, quiseram perturbar o Congresso - afirmou.
Blatter acredita que tudo se deve ao fato da Inglaterra e dos Estados Unidos terem perdido os direitos de sediarem as Copas do Mundo de 2018 e 2022. O presidente da Fifa disse ainda que se os cartolas presos nesta semana lesaram os cidadãos americanos, então estes só poderiam ter sido presos em solo americano.
Conmebol mantém vaga na repescagem para a Copa do Mundo
- Os americanos foram candidatos para receberem a Copa do Mundo de 2022 e perderam, os ingleses foram candidatos para 2018 e também perderam. Então isso é realmente com a mídia inglesa e americana. Com todo respeito ao sistema judicial americano, se há um crime financeiro que afeta os americanos então eles devem prender essas pessoas lá, e não em Zurique - disse Blatter.
O suíço culpou principalmente a Europa, e disse ter sentido um "ódio" à sua figura por parte da Uefa. Blatter afirmou que perdoa as palavras de Platini, mas que não irá esquecê-las.
- Há um ódio, não só de uma pessoa da Uefa, mas de toda a organização. Não entendem que eu estou como presidente desde 1998. Eu perdoo todo mundo, mas não esqueço. Nós não podemos viver sem a Uefa, mas a Uefa não pode viver sem a gente - sentenciou Blatter.
Irado
Em entrevista, Blatter diz ser perseguido por americanos e ingleses
Reeleito nesta sexta-feira presidente da Fifa, suíço acredita que prisões de dirigentes em semana de eleição não foi coincidência e que sente um ódio vindo por parte da Uefa
GZH faz parte do The Trust Project
- Mais sobre: