Autoridades americanas, que deflagraram o esquema de propina envolvendo empresas de marketing esportivo, avisam que esse é só o começo. Em entrevista coletiva no final da manhã desta quarta-feira, procuradores responsáveis pelo caso garantiram que até a candidatura brasileira para a Copa do Mundo de 2014 será alvo das investigações.
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- O processo de candidatura do país será investigado, mas não posso comentar nada mais a respeito - avisou Kelly Currie, procurador de Nova York. Um dos responsáveis pelo caso ressaltou que, apesar de nenhuma irregularidade ter sido encontrada por enquanto, o pedido de colaboração das autoridades brasileiras foi feito.
- Já enviamos diversas informações para as autoridades brasileiras, que agora devem proceder da maneira que lhes parecer adequada - completou.
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Segundo as autoridades dos Estados Unidos, o sistema financeiro do país foi usado para movimentar o dinheiro do esquema, onde participaram dirigentes da Concacaf e da Conmebol. A movimentação de propina alcançou o valor de R$ 450 milhões.
Em relação aos acusados presos em Zurique, a procuradora-geral dos Estados Unidos, Loretta Lynch, avisou que vai pedir a extradição de todos.
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- Temos um respeito muito grande pelas autoridades suíças que agiram no hotel em Zurique. Esperamos que quem for acusado formalmente venha e possa se defender. Faremos as solicitações de transferências dos acusados, e depois haverá extradição, conforme as leis internacionais. Estamos também procurando outros envolvidos - afirmou.
O diretor do FBI, James Comey, ressaltou a lição que a operação pode dar ao mundo do futebol.
- Uma das lições desse caso é a mensagem que podemos mandar. Este tipo de esquema não passará despercebido, será sempre notado. Muitas pessoas se envolvem nesse tipo de prática pensando que vão se dar bem, mas não será assim. Estamos atrás de desmembrar os esquemas e não iremos descansar até o momento que o mundo entenda que esses esquemas não serão tolerados e serão castigados com todo o rigor da lei - avisou.
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Não são apenas as Copas do Mundo de 2018 e 2022 que estão sob investigação. Segundo Loretta Lynch, procuradora-geral dos Estados Unidos, outros torneios podem ter feito parte do esquema corrupção e propina: a Copa América do Centenário, que será em 2016; a Copa do Mundo de 2010, que foi na África do Sul; e até as eleições da Fifa de 2011.
Em relação à Copa do Mundo de 2010, Jack Warner, ex-vice-presidente da Fifa, teria recebido US$ 10 milhões (R$ 31 milhões) do governo da África do Sul para garantir que o torneio fosse disputado lá.
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- Eles usaram suas posições para pedir propinas. Eles fizeram isso vez após vez, ano após ano, torneio após torneio - disse Loretta Lynch.
*LANCEPRESS
Operação Fifa
Candidatura do Brasil à Copa do Mundo 2014 será investigada
Procuradora-geral afirmou que nenhuma irregularidade foi encontrada por enquanto
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